[…] Exploração de migrantes em Odemira
A Amnistia sublinha ainda os problemas de Direitos Humanos no tratamento de refugiados e migrantes em Portugal. “Em janeiro, investigações jornalísticas expuseram as condições de exploração laboral e de habitação desadequada de trabalhadores migrantes, sobretudo de países asiáticos, empregados no setor da agricultura na região de Odemira”, aponta.
“A exploração laboral continua a ser o tipo mais comum de exploração” no país, “afetando especialmente os setores da agricultura e restauração”, segundo dados do Conselho da Europa com base numa visita do seu Grupo de Especialistas para Ações contra o Tráfico Humano a Portugal, em 2021.
A crise climática surge por último na lista de problemas de Direitos Humanos. “Em setembro, após uma visita, a relatora especial sobre Direitos Humanos e Ambiente da ONU concluiu que as autoridades tinham de acelerar o ritmo das ações para dar resposta, em particular, à poluição do ar e à gestão de resíduos, prevenindo assim incêndios florestais”, refere o documento.
A Amnistia sublinha que, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), em 2022 “registaram-se mais de mil mortes relacionadas com ondas de calor extremas até julho desse ano”.
“Até agosto, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), 60,4% do território português estava a sofrer com a seca e 39,6% com seca extrema”.
“Uma traição que pode levar o mundo ao abismo”
O relatório da Amnistia Internacional analisou o estado dos Direitos Humanos em 2022 em 156 países e pede, agora, ação às nações. “Em 2022 assistimos a novos, renovados e prolongados conflitos que levaram a terríveis tragédias. Alguns deles equivaleram a crimes de guerra e crimes contra a humanidade”, escreveram os autores, referindo-se em particular à guerra […]
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