No sentido de responder a todas e todos os que se nos dirigem questionando sobre se não teria sido importante incluir mais uma ou outra infra-estrutura na Plataforma Alentejo importa esclarecer:
- A Plataforma Alentejo não pretendeu ser uma longa lista de infra-estruturas, todas legítimas e há muito inventariadas como necessárias para o desenvolvimento do Alentejo ou de importantes parcelas do seu território. A Plataforma do Alentejo optou por cingir-se a infra-estruturas de Interesse Nacional, estratégicas e prioritárias para todo o País, estruturantes para todo o Alentejo, e que nessa condição devem ser inscritas no Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território – PNOP e no Programa Nacional de Investimentos 2030 como projectos de Interesse Nacional e como tal serem considerados para efeito prioritário do seu financiamento.
- Não teria sido difícil fazer um longo inventário de Itinerários Complementares – IC, como o IC4, o IC13, o IC 27, o IC 33, variantes, conclusões de troços de auto-estradas iniciadas e inacabadas como a de Évora – Mansos, requalificações e repavimentações urgentes como o IP1, ramais ferroviários que importa reactivar, barragens como a do Pisão e outras fundamentais numa região como o Alentejo, hospitais como o novo hospital do Alentejo em Évora ou a 2ª fase do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, e muitas outras cuja listagem exaustiva tornariam necessárias várias páginas deste breve esclarecimento.
- Inscrever esse longo e justo inventário de necessidades urgentes iria no entanto diluir aquilo que é do interesse nacional e que, como tal, deve ser considerado pelos representantes do Estado a quem é dirigida a Petição Pública (Presidente da República, Presidente da Assembleia da República e Primeiro-Ministro) para efeitos de prioridades e financiamento.
- A implementação das propostas avançadas na Plataforma Alentejo, contrariando o discurso dominante da irreversibilidade das tendências demográficas que tem sido invocado há décadas para justificar a falta de investimentos no Alentejo e o encerramento de serviços essenciais para as populações, abre caminho a uma política nova e essencial ao desenvolvimento de um território que representa um terço do território do Continente e metade do interior, que importa desenvolver e que se afirma querer desenvolver.
- A implementação das propostas contidas na Plataforma do Alentejo carecem apenas de decisão política na medida em que são passíveis de ser financiadas pelos fundos comunitários a 80% no mínimo, podendo mesmo atingir os 90%. Por outro lado representam soluções de futuro, quer no que toca às soluções ferroviárias, quer no que concerne às soluções aeroportuárias de que Portugal carece.
- Os subscritores da Plataforma Alentejo, consideram da maior importância a sensibilização dos decisores políticos, no sentido de considerarem positivamente as propostas avançadas. Com elas ganha o Alentejo, mas ganha, sobretudo, Portugal.