Uma empresa israelita relevou o primeiro bife impresso a três dimensões nesta terça-feira, através de tecido animal, naquele que pode ser o primeiro passo para o fabrico de carne produzida em laboratório, caso venha a receber aprovação por parte dos reguladores.
Esta nova tecnologia de impressão a 3D da empresa Aleph Farms, que usa células de animais vivas em vez de alternativas à base de plantas, permite que os bifes com sabor a carne animal cheguem ao mercado, ampliando as alternativas numa área que está em expansão.
Mas a falta de uma regulação pode impedir a corrida das empresas ao mercado.
Em dezembro, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu tornou-se o primeiro chefe de Estado do mundo a comer carne cultivada, e no mesmo mês, Singapura tornou-se o primeiro país do mundo a conceder aprovação regulatória para a venda de carne cultivada em laboratório. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration não definiu ainda uma data para tomar uma decisão sobre o assunto.
Uma sondagem feita a 1.000 adultos norte-americanos, conduzida pela empresa MRS para a empresa agrícola Proagrica, mostrou que 39% dos consumidores americanos estavam a considerar torrnar-se vegetarianos ou veganos desde o início da pandemia. As preocupações com a saúde, as mudanças climáticas e o bem-estar animal são os fatores determinantes.
Todas estas novas alternativas à produção intensiva de animais para servir de alimento visam amenizar os efeitos climáticos que tal produção provoca. Segundo o departamento de Agricultura dos Estados Unidos, os norte-americanos comem quase 50 mil milhões de hambúrgueres por ano.
Durante a pandemia do coronavírus, a popularidade dos produtos de proteína alternativa disparou, fazendo com que quase todas as empresas multinacionais de alimentos se apressassem em lançar suas próprias versões no mercado.
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