O Reino Unido prepara-se de aprovar em breve uma legislação para adotar as tecnologias de edição genética, apesar das advertências da União Europeia de que isso poderia entrar em conflito com um possível acordo veterinário pós-Brexit.
O secretário do Ambiente, Steve Reed, anunciou que a legislação necessária para a Lei de Tecnologia Genética de 2023 será introduzida até ao final de março deste ano. Mesmo com as objeções dos diplomatas da UE, o governo britânico está determinado a prosseguir com a aplicação da edição genética na agricultura, para desenvolver plantas mais resistentes a pragas e doenças e aos efeitos das alterações climáticas.
Steve Reed fez este anúncio apesar de os diplomatas da UE terem dito ao jornal britânico Financial Times que os planos da Grã-Bretanha sobre a edição genética não seriam compatíveis com qualquer acordo veterinário bilateral. O Partido Trabalhista comprometeu-se a procurar esse acordo, que tem como objetivo eliminar os controlos fronteiriços sobre alimentos e produtos vegetais.
Após o seu discurso na Conferência Agrícola de Oxford, Reed disse ao Finantial Times que o governo estava a avançar com os planos da edição genética porque são a coisa “correta” a fazer.
“Quando houver um acordo, talvez a UE veja as coisas de outra maneira”, disse. “Não acho que devamos atrasar-nos em avançar em coisas como esta, nas quais vemos enormes vantagens para o setor e para a produção alimentar nacional”, frisou Reed.
Mais informação no Financial Times.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.