Numa exploração da lezíria ribatejana, as vacas alimentam-se exclusivamente da pastagem, que armazena mais metano e dióxido de carbono do que o que é emitido pelos animais. Além disso, não são aplicados fertilizantes azotados. Mas faz falta uma entidade que certifique as boas práticas do setor, para os consumidores terem a certeza de que a sua escolha é sustentável, diz o fundador da empresa
São 160 vacas numa propriedade de 100 hectares junto ao Tejo, perto de Vila Franca de Xira. Durante toda sua vida não comem outra coisa que não erva. “As pastagens nesta região da lezíria são muito produtivas, o que nos permite alimentar todos os animais, o ano todo”, explica João Testos Pereira, engenheiro zootécnico e sócio-fundador da Carne d’Erva. “Temos até excesso de produção na primavera; nessa altura, cortamos e fazemos feno ou forragem e damos aos animais quando eles precisam mais de fibra.”
A produção de carne, sobretudo de vaca, é uma considerável fonte de emissões de gases com efeito de estufa. Mas esta exploração baseia-se em pastagens semeadas biodiversas, um tipo de cobertura vegetal capaz de absorver, anualmente, 6,5 toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) por hectare (um pouco mais do que emite um português médio). Uma abordagem que torna o saldo positivo em carbono, num setor que tem estado sob fogo devido às suas altas emissões, que contribuem para o aquecimento global.
“Pelos estudos que existem da fixação de carbono das plantas, podemos dizer que é um balanço mais do que neutro: temos um intervalo significativo entre o deve e o haver que compensa todo o circuito, da
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