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– 29-06-2004 |
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Douro Vinhateiro pode deixar de ser Património da HumanidadeFreixo de Numão, Guarda, 28 Jun Joaquim Grácio, dirigente daquele organismo sedeado em Freixo de Numão (Foz Côa), disse à agência Lusa que esta preocupação vai ser comunicada ao ministro da Agricultura, Sevinate Pinto, a quem pretende sugerir a plantação de amendoeiras, espécie que considera ter sido "sempre marginalizada". "É lamentável que no Parcelário Agrícola Nacional (P1) a amendoeira seja marginalizada, enquanto que o olival é citado 21 vezes e a bananeira também está incluída, quando esta cultura nem sequer é tradicional em Portugal", afirmou. Grácio referiu ainda o facto de a Casa do Douro "ter contribuído para o arranque de árvores em volta dos vinhedos, dando origem a que, em freguesias onde já se produziu 120 toneladas de amêndoa em casca, hoje não se produzam cinco toneladas". O dirigente da AAA realçou ainda que o Estado, ao atribuir uma ajuda de 120,75 euros por hectare para o sector da amêndoa, "mais não faz do que dar o que recebe da União Europeia". "Portugal já produziu cerca de 30 mil toneladas de amêndoa em casca e hoje produz o máximo de 12 mil, numa Europa deficitária deste produto", expressou. Chamou a atenção para o facto de em Espanha, os produtores de amêndoa serem apoiados por cerca de 200 técnicos "o que permite manterem o sector em crescimento, produzindo cerca de 70 mil toneladas de miolo quando, há 15 anos, não passavam das 40 mil". Joaquim Grácio sublinhou que a cultura da amendoeira está "profundamente enraizada e arraigada nas populações, contribui para a actividade do mundo rural, especialmente em zonas desfavorecidas, como é o caso do Alto Douro, para a coesão social e territorial, favorecendo a biodiversidade e a conservação de um património genético único". Está convicto de que o amendoal, devidamente tratado, pode ser contra-fogo em época de incêndios florestais. Aludiu a declarações do Presidente da República, Jorge Sampaio, em recente visita a Idanha-a-Nova e Castelo Branco onde "incentivou os olivicultores a seguirem o exemplo de Espanha no sector organizativo", pelo que na óptica do presidente da AAA o mesmo se deve passar no sector do amendoal. Recentemente foi constituída, com sede em Freixo de Numão, a Cooperativa Agrícola de Produtores de Frutos de Casca Rija (COAMÊNDOA) envolvendo mais de meia centena de produtores dos concelhos de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo (distrito da Guarda), Moncorvo, Alfandega da Fé (distrito de Bragança) e São João da Pesqueira (distrito de Viseu). Joaquim Grácio anunciou que, este ano, produtores de amêndoa do concelho de Foz Côa vão candidatar-se ao plantio de 120 hectares daquela cultura. Actualmente, no concelho existem perto de três mil hectares, "a maioria abandonados devido "à falta de rentabilidade económica, à emigração e envelhecimento da população e falta de incentivos ao sector", sublinhou.
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