A região do Douro está num beco sem saída. Muita atividade, sobretudo no imobiliário, no turismo, mas resultados económicos fracos, o que indicia não haver criação de riqueza para distribuir.
Há uma falsa noção de desenvolvimento porque os fluxos financeiros fortes conseguem encobrir ineficiências económicas e dívidas elevadas. A principal atividade económica – o vinho encontra-se praticamente estagnada, quebra de 10% de vendas nos primeiros cinco meses de 2023, a juntar à ausência de valor acrescentado para o viticultor.
Ao mesmo tempo, um forte investimento em compra de novas quintas, novas adegas e empreendimentos hoteleiros – verticalização do negócio, através da utilização de dinheiro disponível, o denominado “cash flow”.
A economia da região está a 75% da média nacional, os jovens não têm emprego, há despovoamento e envelhecimento […]