O Director Regional da Agricultura reiterou, no Pico, a importância de os produtores apostarem na certificação dos vinhos produzidos nos Açores, como forma de garantir autenticidade e genuinidade, pois só assim será possível assegurar uma maior valorização das produções e a sustentabilidade de um sector em permanente crescimento.
“O nosso maior desejo é que, nos anos que se avizinham, os produtores locais compreendam quanto importante vai continuar a ser a aposta em vinhos açorianos certificados, pois este é um aspecto absolutamente imprescindível do qual não poderemos nunca abdicar, se quisermos garantir a autenticidade e a sustentabilidade desta actividade, que se torna cada vez mais importante para a nossa economia”, afirmou José Élio Ventura.
Mais de 40 vinhos certificados
Actualmente existem mais de quatro dezenas de vinhos açorianos certificados, cerca de uma dezena de novos vinhos só este ano, da responsabilidade de 21 operadores económicos.
Além de reforçar os mecanismos de controlo da rotulagem das garrafas de vinho, a Região já implementou, com a colaboração da CVR Açores, outra medida de controlo relevante para assegurar a genuinidade dos vinhos certificados, que incide sobre a quantidade e a qualidade das uvas entregues nas adegas, por categoria, nomeadamente Denominação de Origem (DO), Identificação Geográfica (IG) ou outra.
Adeus Vindimas, Olá Vinho
O Director Regional, que falava na quinta edição da festa ‘Adeus Vindimas, Olá Vinho’, organizada pela Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, considerou imperioso continuar a apoiar esta actividade produtiva, considerando que “é pela qualidade e pela diferenciação que teremos sucesso no âmbito do mercado aberto onde nos integramos”.
José Élio Ventura destacou o importante contributo do Laboratório Regional de Enologia, da CVR Açores e, muito particularmente, da Adega Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, que, “ao longo dos anos, tem desenvolvido um papel preponderante, auxiliando, acolhendo e incentivando os seus produtores e associados, num esforço permanente e colectivo para atingir uma cada vez melhor qualidade, diferentes mercados e uma soberba distinção dos vinhos que produz”.
Sector cooperativo
“Iniciativas como esta servem para demonstrar que existe ambição e competência para reforçar a dinâmica do sector do vinho e da vinha e, muito particularmente, do sector cooperativo que, nos Açores como em poucos sítios, tem especial importância”, afirmou, acrescentando que este evento marca também o início das comemorações do 70.º aniversário da fundação da cooperativa.
A vitivinicultura é um sector em permanente crescimento e mudança estrutural nos Açores, com particular destaque na Ilha do Pico, desde logo, pelo aumento do número de produtores e de hectares de vinha já reconvertida.
José Élio Ventura recordou ainda que foi aberto este mês um novo aviso do programa VITIS, cujas candidaturas decorrem até 31 de Janeiro.
Na festa ‘Adeus Vindimas, Olá Vinho’ foram premiados vários produtores de vinho que se distinguiram pelo seu trabalho ao longo do último ano.
Agricultura e Mar Actual