A Dinamarca vai financiar com 500 mil dólares (460 mil euros), durante três anos, um programa de recuperação de florestas nas comunidades agrícolas da província moçambicana de Sofala, prevendo abranger mil camponeses, foi hoje anunciado.
O programa “tem como objetivo principal aumentar a resiliência das comunidades na conservação, restauração do meio ambiente e dos ecossistemas”, explicou hoje, na Beira, a diretora-executiva da Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana Livaningo, Sheila Rafi.
Trata-se do programa “Kukoia”, que significa conservar, em língua local, a promover por aquela associação para defesa e preservação do ambiente, prevendo envolver os comités de gestão dos recursos naturais e de gestão de riscos e desastres naturais, além de 80 associações de camponeses em dez postos administrativos de Sofala.
“Pretendemos trabalhar com 80 associações de camponeses e de pequenos agricultores, dando capacitações a cerca de mil pessoas diretamente”, explicou a responsável.
A mesma ONG já tinha implementado há três anos um programa similar de restauração de florestas comunitárias, apoiando com mais de 50 mil mudas de plantas diversas, desde as nativas, de frutas e medicinais.
Esta nova fase do programa tem o apoio da Dinamarca, através de um fundo dedicado à sociedade civil, em parceria com uma ONG dinamarquesa.
“Pretendemos atingir 10 comunidades em diferentes postos administrativos do distrito de Nhamatanda (…) com práticas agrícolas sustentáveis, agricultura regenerativa, agricultura sustentável, uma agricultura que não vai levar aditivos químicos nem pesticidas químicos”, afirmou a responsável.
Sheila Rafi acrescentou que, neste pacote de práticas de agricultura sustentável, também vão formar a comunidade para produção de adubo orgânico e repelente orgânico, com base apenas em elementos naturais.