Em 2021, a atividade agrícola na área de influência do Alqueva já sofreu – embora de forma “mitigada” – com a tendência inflacionista “quer a nível dos preços dos produtos, qCulturas permanentes em 84% do perímetro de rega de Alquevazuer principalmente a nível dos fatores de produção”. A carência de mão-de-obra é outra das realidades que se verificam na região e que afetam a produção no seu todo. Esta é uma das conclusões do Anuário Agrícola de Alqueva 2021 que foi divulgado recentemente.
As tendências inflacionistas verificadas em 2021, e agora agravadas devido ao contexto de guerra na Ucrânia, serão um obstáculo à sustentabilidade do setor agrícola na área de Alqueva durante o ano de 2022.
O Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) está, neste momento, “com a primeira fase concluída, cerca de 120 mil hectares de regadio”, tendo-se iniciado a construção de mais 50 mil hectares, 10 mil dos quais prontos a regar na campanha de rega de 2022. Em 2021 já foram inaugurados dois novos blocos de rega em Cuba-Odivelas e Évora e para este ano está previsto a entrada em funcionamento de outro, com 4600 hectares em Viana do Alentejo. Neste momento, o EFMA cobre duas dezenas de concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal e, segundo o último anuário, a taxa de utilização da infraestrutura é de 95 por cento.
O documento constata que, “desde 2015, as culturas permanentes apresentam um crescimento exponencial e destacaram-se claramente, em área ocupada, das culturas anuais”. Esta situação resultou inicialmente da aposta no olival, mas, nos últimos tempos o amendoal, também se tornou uma referência.
Se no início da operação, em 2011, as culturas permanentes ocupavam 10 275 hectares, 63 por cento da área regada, e as culturas anuais 5794 hectares, em 2021, as permanentes ocuparam 95 680 hectares e as anuais 18 298 hectares, apenas 16 por cento do total.”
Segundo dados publicados no documento, a cultura do olival é aquela que ocupa a maior área do EMFA, ocupando mais de 70 mil hectares, o que é explicado “pelo valor do produto no mercado, que leva as empresas do setor a serem muito ativas na procura por novas áreas, e rapidamente desenvolverem todo o processo para a instalação de novas plantações”, acreditando a Empresa […]