O PS defendeu hoje que a existência de contas certas possibilita agora ao Governo avançar com novos apoios contra a inflação e colocou esta forma de atuar em contraste com os “cortes” do último executivo PSD/CDS.
Estas posições foram transmitidas pelo líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, após o Governo ter anunciado “apoios adicionais” na ordem dos 2,5 mil milhões de euros, abrangendo IVA zero para alguns bens alimentares essenciais, aumento em um por cento dos trabalhadores da administração pública, assim como apoios diversos às famílias mais vulneráveis e à produção agrícola.
“O PS regozija-se não só com o resultado do défice [de 0,4% em 2022) e da dívida [113,9%], mas também com o conjunto de medidas hoje apresentadas para apoiar as famílias e as empresas. Com políticas certas e contas certas, é possível apoiar a estar lado a lado com os portugueses”, sustentou.
Depois, o líder da bancada socialista procurou colocar em contraste os executivos de António Costa e os de Pedro Passos Coelho:
“Nas conferencias de imprensa do período da governação PSD/CDS, apresentavam-se cortes nos salários e nas pensões. Hoje, os portugueses têm um Governo que apresenta um bom resultado nas contas públicas e que, por isso, tal como fez em 2022, continua em 2023 a apoiar os mais vulneráveis, a recuperação de rendimentos dos funcionários públicos e a produção do setor agrícola”, declarou.
Numa alusão a uma das principais medidas apresentadas pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, Eurico Brilhante Dias destacou que o Governo fará “um acordo com a distribuição e com os produtores de bens alimentares para permitir que uma diminuição do IVA nos produtos alimentares essenciais seja imediatamente transferida para as pessoas”.
Perante os jornalistas, o presidente do Grupo Parlamentar do PS realçou também medidas como o aumento do subsídio de refeição, “que também terá impacto nos trabalhadores do setor privado”.
Interrogado sobre a ideia de que os pensionistas poderão estar a ser penalizados em relação a outros setores da população, Eurico Brilhante Dias rejeitou essa tese, começando por apontar que “vão usufruir diretamente da medida do IVA para os bens alimentares essenciais”.
“Essa é uma medida com um impacto especial nos rendimentos mais baixos, onde a percentagem de compras de produtos alimentares é maior em função do rendimento. Mas também é preciso lembrar que os pensionistas neste país tiveram com as medidas do Governo PS a garantia da manutenção do seu poder de compra entre a prestação adicional de novembro de 2022 e o aumento das pensões feito em janeiro de 2023”, argumentou.
Segundo Eurico Brilhante Dias, “se há grupo que o PS e o Governo olharam com bastante preocupação e cuidado foi o dos pensionistas”.
“Os pensionistas são provavelmente o grupo populacional a que melhor respondeu o Governo do PS neste momento de erosão do poder de compra em função da inflação”, acrescentou.