Micael Oliveira fala com paixão do avô Adriano, um visionário sem o saber, enquanto nos conta a história dos novos vinhos da Quinta da Ramalhosa, durante a apresentação no restaurante Frade, em Lisboa. O jovem produtor dá seguimento às vinhas que o avô plantou há 30 anos, sem medo de arriscar nem de ser disruptivo, e arriscou logo num palhete que homenageia a tradição desta região, que está a ser redescoberta pelos portugueses e pelo mundo.
Feito no velho lagar de pedra que ainda hoje é utilizado, o Quinta da Ramalhosa Palhete 2019, foi idealizado com Patrícia Santos, a enóloga. “Este Palhete é um vinho que, além de homenagear o avô Adriano, conta a história da vida e do vinho do Dão de outros tempos. Ali não se faziam brancos, e os tintos queriam-se prontos para beber cedo”, explica Micael Batista. “Em março, com a chegada da primavera, começava-se a consumir o vinho novo, que estava já pronto a beber, sem taninos duros e com cores claras e apelativas”. Eram chamados os “rosados” do Dão, que se davam bem aqui, até porque esta zona é caracterizada pelas manhãs húmidas e temperaturas amenas de Tondela e pelo efeito da […]