A Colômbia é o país escolhido para celebrar o dia mundial de combate à desertificação e à seca, fenómeno que custa cerca de 783 mil milhões de euros por ano à economia global.
“A degradação do solo, a seca e a desertificação custam à economia global cerca de 878 mil milhões de dólares por ano (783 mil milhões de euros)”, referiu a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação em comunicado, a propósito do dia mundial de combate à desertificação e à seca, que se assinala no dia 17 de junho.
De acordo com a nota, restaurar mais de mil milhões de hectares pode gerar cerca de 1,6 biliões de euros anuais.
“No entanto, o ritmo e a escala da restauração continuam a ser muito inferiores às necessidades”, refere o comunicado.
Na Colômbia, a degradação dos solos já atingiu 30% do território, ou seja, 34 milhões de hectares, segundo a nota.
A comemoração global da efeméride vai acontecer em Bogotá, a capital da Colômbia, que tem como objetivo chamar a atenção para a “necessidade urgente de restaurar os solos”, promovendo a sustentabilidade, a paz e o desenvolvimento, indica a nota.
De acordo com o comunicado, a comemoração vai mostrar a importância dos solos saudáveis, que fornecem comida, água, trabalhos e segurança, sublinhando que o tema da celebração é “Restaurar os solos. Desbloquear oportunidades”.
A ministra da agricultura e desenvolvimento rural da Colômbia, Martha Villegas, citada em comunicado, disse que são desenvolvidas políticas que promovem a redistribuição equitativa de terras, a devolução de direitos a comunidades historicamente marginalizadas e garantias de gestão sustentável dos recursos.
Para a ministra, “a proteção dos solos e das terras agrícolas é urgente” face à perda de biodiversidade, à degradação dos ecossistemas, à fome, à pobreza e às deslocações.
Martha Villegas apontou que as soluções passam pela conservação e restauração dos solos, pela sustentabilidade e por sistemas agroalimentares equitativos e resilientes.
“Desta forma, transformamos o solo num escudo contra a fome, numa ponte para a reconciliação e num legado de dignidade para as gerações futuras”, acrescentou a ministra.
De acordo com o comunicado, ao acolher a celebração, o Colômbia abre uma plataforma para que os jovens, os povos indígenas, os agricultores, os cientistas e a sociedade civil partilhem soluções locais que contribuam para os objetivos globais.
O dia mundial de combate à desertificação e à seca foi criado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1994 e tem como objetivo arranjar soluções para combater a desertificação, a degradação dos solos e a seca.