Coexist�ncia � poss�vel no Vale Mondego Pequenos agricultores associam-se para produzirem milho transgúnico
O CiB – Centro de Informação de Biotecnologia convidou ontem, 23 de Outubro de 2007, a comunica��o social para uma visita a campos de milho transgúnico e convencional, propriedade do agricultor Jo�o Grilo, no baixo Mondego, com o objectivo de mostrar como os pequenos agricultores podem usufruir da utiliza��o da agrobiotecnologia em Portugal.
No encontro com jornalistas, estiveram presentes oito agricultores, tr�s t�cnicos agr�colas e um investigador da área de biotecnologia de plantas.
Oitenta e um agricultores do Vale Mondego constitu�ram, em 2007, quatro zonas de produ��o de variedades transg�nicas de milho Bt num total de 188 ha cultivados. Esta regi�o do país caracteriza-se pela presença de parcelas de terreno com dimens�es reduzidas, o que condiciona a possibilidade de produ��o de milho transgúnico cumprindo as normas legais.
Segundo Vasco Salgueiro, t�cnico agr�cola respons�vel pelas zonas de produ��o (ZP), dadas as limita��es impostas pelas regras da coexist�ncia (por exemplo, a dist�ncia m�nima entre os campos com milho GM e campos com culturas convencionais � de 200 metros ou 24 linhas de bordadura com milho convencional) foram assim criadas ZP de variedades de milho GM, através da associa��o volunt�ria de agricultores que t�m a intenção de cultivarem milho GM ou convencional, que será misturado e depois destinado a lotes rotulados como contendo Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Desta forma � poss�vel cumprir os requisitos legais do Decreto-Lei n� 160/2005 sobre Coexist�ncia de culturas geneticamente modificadas e outros modos de produ��o.
A cultura do milho na regi�o do Vale Mondego � gravemente afectada pela broca, lagarta que se alimenta dos caules e das ma�arocas desta planta, atingindo em algumas zonas mais de 50% de incid�ncia, causando graves preju�zos nas culturas. Vasco Salgueiro destacou por isso a import�ncia da utiliza��o de milho transgúnico, pois as pr�prias plantas t�m capacidade para produzirem uma toxina que impede o ataque da broca, salvaguardando dessa forma a produ��o de milho naquela zona.
Pedro Fevereiro, presidente do CiB e investigador de biotecnologia vegetal, explicou durante o encontro que esta praga provoca feridas nas plantas, destruindo os caules e as ma�arocas. As plantas ficam debilitadas e sujeitas a ataques de fungos invasores que produzem subst�ncias t�xicas, contaminando o milho para alimenta��o e produtos derivados, inviabilizando a sua comercializa��o. A utiliza��o de variedades de milho GM tem assim a vantagem de promover o aumento da segurança alimentar e a produtividade, j� que evita a destrui��o das plantas pela broca e a presença destes fungos. O investigador relembrou os pareceres emitidos pela EFSA � Agência Europeia de Seguran�a Alimentar que sucessivamente t�m afirmado que as variedades do milho MON 810, o único tipo de milho GM autorizado para cultivo no espaço da União Europeia, são seguras para a Saúde e para o ambiente.
Vasco Salgueiro prev� que em 2008, seráo constitu�das pelo menos 12 novas ZP no Vale Mondego para que os pequenos agricultores daquela regi�o possam usufruir das variedades biotecnol�gicas dispon�veis no mercado.
|
Apontadores relacionados: |
Artigos |
|
S�tios |
|
|
Fonte: CiB |
[ �cran anterior ] [ Outras notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa ] |
|
Discussão sobre este post