Mais de 2,7 milhões de hectares foram queimados no Canadá em 2023, o que corresponde a oito vezes a média dos últimos 30 anos, anunciaram hoje as autoridades do país, onde grassam 200 fogos.
Depois do oeste e das províncias de Alberta e Saskatchewan, no início de maio, agora é a vez do leste e da Nova Escócia se confrontarem com fogos de dimensão inédita.
“Estas condições, nesta altura do ano, são absolutamente sem precedente e evidentemente fonte de preocupação”, declarou o ministro da Segurança Pública, Bill Blair.
Atualmente, existem 211 fogos ativos no país, dos quais 82 estão sem controlo, detalhou.
E a chegada de uma vaga de calor extremo e ventos violentos no leste do país podem conduzir a um “comportamento extremo dos incêndios”, segundo os bombeiros.
Na Nova Escócia, no centro de todas as inquietações destes dias, hoje estavam ativos 16 fogos. Um atingiu os arredores da principal cidade da província, Halifax, e obrigou à retirada de mais de 16 mil pessoas no noroeste da cidade.
O fumo dos incêndios na província, que duram há tês dias, já atingiram a costa atlântica dos EUA, causando mesmo poluição do ar no Estado de Nove Jérsia e em partes da Pensilvânia.
No oeste do Canadá, mais de 60 incêndios continuam em Albert, um mês depois da declaração do estado de emergência, e uma vintena em Saskatchewan.
O Canadá, que está a aquecer mais depressa do que a média do planeta, tem-se confrontado nos últimos anos com fenómenos meteorológicos extremos, cuja intensidade e frequência são reforçadas com as alterações climáticas