IPMA revelou ontem que 91% do território já está em seca severa ou extrema. Até dia 15 de fevereiro choveu apenas 7% do normal.
O ano hidrológico, que começa a 1 de outubro e é avaliado em função dos valores de precipitação, está a ser o mais seco de que há registos, superando outras situações de seca meteorológica. O balanço foi feito ontem pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Nos primeiros 15 dias de fevereiro, subiu de 45% para 91% a percentagem de território nacional nas categorias de seca severa e extrema e, sem previsão de chuva significativas nas próximas semanas, caminha-se para um cenário em que todo o território estará nesta situação, com os impactos já a sentirem-se na pecuária e agricultura, além da falta de água nas albufeiras.
Nos primeiros quinze dias de fevereiro, revela o IPMA, choveu apenas 7% do normal em Portugal, que tem como referência os valores de precipitação entre 1971 e o ano 2000. Um balanço que só não é mais baixo porque em Braga e no Porto a diminuição da precipitação não foi tão extrema (choveu 16% do normal), já que na maioria dos distritos choveu ainda menos. Évora e Setúbal registaram até 15 de fevereiro apenas 1,8% e 1,7% da precipitação normal, com o IPMA a falar de “muitos locais” a Sul e no Nordeste a atingirem o ponto de emurchecimento permanente.
“O valor médio da quantidade de precipitação no presente ano hidrológico 2021/2022, desde 1 de outubro 2021 a 15 de fevereiro de 2022, 220.8mm, corresponde a 39% do valor normal”, indica o IPMA. “Até à data, 2021/22, é também o ano hidrológico mais seco quando comparado com os outros anos de […]