O CDS no Parlamento Europeu manifesta oposição à proposta da Comissão Europeia para o próximo Quadro Financeiro Plurianual 2028-2034, que prevê um corte de cerca de 21% nos fundos destinados à Política Agrícola Comum (PAC). A eurodeputada do CDS, Ana Miguel Pedro, alerta que, a preços correntes e tendo em conta a inflação, o corte real pode ascender aos 35%.
“A proposta apresentada representa um erro histórico. É incompreensível que a Comissão Europeia avance com cortes na única política verdadeiramente comum da União, num momento de instabilidade geopolítica e ameaças à soberania alimentar da Europa”, afirma Ana Miguel Pedro.
O CDS denuncia que esta proposta traduz uma nacionalização encapotada da PAC, ao subordinar o segundo pilar, que apoia a modernização, sustentabilidade e desenvolvimento rural, a um fundo genérico, forçando os Estados-Membros a escolher entre agricultura, defesa ou digitalização.
“Estamos a empurrar os agricultores para uma competição directa com tanques e drones pelos mesmos recursos. Isto destruirá a coesão territorial e aumentará as desigualdades entre países.”, alerta a eurodeputada.
O CDS reafirma a sua solidariedade com os agricultores portugueses e europeus e votará contra qualquer tentativa de diluir a PAC ou retirar-lhe força orçamental. “Defender a PAC é defender a Europa. Esta política não é um favor aos agricultores, é um instrumento estratégico para a resiliência, soberania e segurança alimentar europeia.”, conclui Ana Miguel Pedro.
Fonte: Eurodeputada do CDS Ana Miguel Pedro