O Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar, de Castelo Branco, recebeu no passado dia 8 de junho de 2017, uma sessão orientada para empreendedores frutícolas, inserida no plano de formações promovido pela Academia do Centro de Frutologia da Compal (CFC), que já vai na sua 5ª edição.
“Este é um resultado inequívoco do trabalho que tem sido realizado na região, quer ao nível da cooperação, quer ao nível do apoio ao empreendedorismo e à inovação. Consideramos crucial a dinamização das relações entre os centros de saber, os empreendedores e as empresas: O CATAA é uma instituição de portas abertas de e para o conhecimento, pelo que muito valorizamos e nos dignifica este tipo de parceria”, referiu Luís Correia, Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco e da Associação CATAA.
Luís Correia comentava desta forma, as condições criadas na região Centro à realização de eventos como este, de partilha de sinergias, por meio de parcerias como a que foi estabelecida recentemente entre o CATAA e o Centro de Frutologia da Compal.
O evento reuniu cerca de 40 participantes, entre os quais empreendedores e empresários do setor frutícola de todo o país, com produções de Mirtilos, Framboesas, Amora, Cereja, Maçã, Pera Rocha, Diospiro, Limão, Marmelo e Kiwi, e entidades que aportam conhecimento para o setor tais como, o Centro de Frutologia da Compal, o CATAA, a Inovcluster – Associação do Cluster Agro-Industrial do Centro, a AAPIM – Associação de Agricultores para Produção Integrada de Frutos de Montanha, e a APN – Associação Portuguesa de Nutricionistas.
Pelo alcance e importância desta iniciativa, estiveram presentes, ainda que não pertencentes ao setor frutícola, empresas que pela originalidade dos seus produtos ou detentoras de tecnologia inovadora foram convidados a participar nesta sessão, como foi o caso da AGROOP, uma start-up que disponibiliza ao setor frutícola soluções inovadoras para uma gestão eficiente da rega.
A certificação e o modo de produção biológica, a nutrição e o valor nutricional da fruta, o neuromarketing e a inovação, assim como a construção de valor acrescentado aos produtos frutícolas portugueses foram os temas centrais das comunicações apresentadas.
A sessão incluiu a realização de testes neurosensoriais aplicados ao setor agroalimentar com a demonstração de funcionalidade, resultados, aplicabilidade e benefícios no âmbito do projeto BrainAswer. Foram ainda apresentados e testemunhados Casos Práticos de empresas agrícolas seguidos da intervenção da Inovcluster, “Tendências no Setor Agroalimentar 2017” bem como a apresentação, por parte do Diretor do CATAA, Luís Pinto de Andrade, dos projetos do CATAA em curso – Inov2agro, Transfer2agro e INNOACE.
Na segunda parte dos trabalhos, já durante a tarde, foi efetuada uma visita às instalações do CATAA onde foi possível visitar os laboratórios de Físico-química e Microbiologia e as 4 Unidades Piloto – de Cárneos, Hortofrutícolas, Lácteos e Azeite, devidamente equipadas, como evidenciou uma das visitantes, Luísa Cardoso, “Importante visita que nos deu a conhecer um fantástico projeto com enormes benefícios, ferramentas, ao dispor do setor agroalimentar.”
Seguiram-se as intervenções da AAPIM sobre o tema “A importância da produção biológica certificada” e da APN, “Conhecer o valor nutricional para melhor valorizar a fruta”, durante a tarde decorreram novamente, a partilha de novos testemunhos de produtores.
Academia do Centro de Frutologia
A Academia aposta no reforço das competências técnicas e de gestão da nova geração de fruticultores.
Tem como objetivos, transmitir os conhecimentos sobre a fruta e seus derivados, nomeadamente, processos sustentáveis da fruticultura e quais as melhores práticas no âmbito da produção e gestão agrícola e ainda, promover o networking incentivando a colaboração e parcerias entre produtores no setor.
CATAA
O CATAA desenvolve a sua atividade de apoio técnico e tecnológico à agroindústria em três grandes áreas de intervenção:
- Inovação e Desenvolvimento de Novos Produtos;
- Investigação Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico;
- Capacitação e Prestação de Serviços.
“Foi importantíssimo porque nos deu a conhecer o potencial que este centro tem a nível de desenvolvimento de produtos com a ajuda de técnicos e a nível da fantástica rede e diversidade de possíveis análises”
testemunhou Inês Fialho participante na sessão de formação.
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