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– 12-01-2008 |
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Casa do Douro: Governo não interfere no neg�cio da venda de ac��es da Real Companhia VelhaO ministro da Agricultura, Jaime Silva, garantiu ontem em Vila Nova de Foz C�a que o Governo não interfere nos neg�cios da Casa do Douro (CD) que tem uma d�vida de 48 milhões de euros para com o Estado. "Neg�cios entre duas instituições privadas, neg�cios de compra e venda de ac��es, o Estado não avaliza e não analisa se � um bom ou mau neg�cio", afirmou Jaime Silva, no final de uma reuni�o com a direc��o da CD, realizada naquela cidade do norte do distrito da Guarda. No encontro com o ministro da Agricultura, a direc��o da CD, presidida por Manuel Ant�nio Santos, informou que o Conselho Regional de Viticultores da Casa do Douro vai debater s�bado, na R�gua, a venda de 51 por cento do capital de 40 por cento [quatro milhões de euros] que det�m na Real Companhia Velha, para pagar as d�vidas ao Estado superiores a 40 milhões de euros, relativos a impostos e d�vidas avalizadas. "não avalizo neg�cios privados", garantiu Jaime Silva aos jornalistas. "O Estado, e toda a gente, teve oportunidade de avaliar os bons e os maus neg�cios feitos pela Casa do Douro no passado, não � agora o Governo que vai fazer, sobre este neg�cio concreto, a avalia��o", justificou o governante no final de uma visita ao Centro de Forma��o T�cnico-Profissional Agr�cola de Foz C�a, onde decorreu a reuni�o. Segundo Jaime Silva, sobre o neg�cio que está em perspectiva, o Governo diz que "h� 85 por cento [do seu valor] que tem que entrar imediatamente nos cofres do Estado, porque são d�vidas que ultrapassam os 48 milhões de euros ao Estado". "O Estado quer acautelar isso. Esse dinheiro tem que entrar nos cofres públicos", garantiu. Assegurou que por parte do Governo a "novela" em torno da CD "chegou ao fim". "Para n�s, trata-se de recuperar o dinheiro que está l� empatado, que � dinheiro de todos os contribuintes portugueses", acrescentou. "O Douro não está com problemas, está com enormes potencialidades, fizemos a reforma do vinho com 71 milhões de euros", defendeu o ministro, acrescentando que a Casa do Douro tem o seu papel na regi�o "como associa��o de produtores". No final da reuni�o com o titular da pasta da agricultura, o presidente da CD, Manuel Ant�nio Santos, declarou que a direc��o visou informar o governante sobre o passo que s�bado será dado e que obteve "uma declara��o de neutralidade absoluta face � proposta". Disse que a direc��o não ficou surpreendida com a "neutralidade" assumida por Jaime Silva e desejou que a mesma "pudesse ser continuada em muitos outros sectores e, infelizmente, não tem sido isso". "O senhor ministro está convencido que o econ�mico, hoje, comanda tudo, que o social não tem import�ncia e perante situa��es dessa natureza, seguiremos o nosso pr�prio caminho e o senhor ministro terá que arcar com as responsabilidades do caminho que pretende seguir", afirmou � Lusa. Manuel Ant�nio dos Santos considerou que o governante "está mal informado sobre o Douro, conhece a CD muito pouco, alguém lhe deve ter metido ideias menos claras sobre a nossa actividade e isso � muito mau". Sublinhou que "mais uma vez" a direc��o da instituição disse ao ministro da Agricultura que está disponível. para discutir as situa��es que a envolvem. "O Douro h�-de ter vinhas, agora, podem ser destes 40 mil viticultores ou de meia d�zia de grandes empres�rios", referiu, admitindo que em sua opini�o "o futuro deve construir-se com os 40 mil viticultores". Manuel Ant�nio dos Santos não revelou o nome do investidor ou investidores com interesse no neg�cio que s�bado será discutido no Conselho Regional de Viticultores da Casa do Douro. Reafirmou que o empres�rio Joe Berardo se mostrou interessado em investir na CD e que "na pr�xima semana virá ao Douro". "Ser� bem-vindo. Ser� um investidor bem-vindo, que pelos vistos assusta muita gente dentro e fora do Governo". "N�s não repudiaremos quem vier por bem. O sector do vinho do Porto ganhar� com o aparecimento de novos interlocutores", concluiu. A Casa do Douro tem d�vidas acumuladas ao Estado e � banca na ordem dos 125 milhões de euros. A crise na instituição, que j� dura h� cerca de duas d�cadas, agravou-se na sequ�ncia da aquisi��o de excedentes para evitar a queda dos pre�os em anos de produ��o excepcional no final da d�cada de 80, com a perda de compet�ncias atribu�das pelo Estado e com a perda da declara��o de nulidade do neg�cio de compra de parte da Real Companhia Velha, por 50 milhões de euros, em 1990.
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