A Carne D’Erva é uma marca e produção com origem 100% portuguesa assente em valores que promovem a sustentabilidade e uma experiência de elevada qualidade no consumo de carne. Um novo conceito que, na verdade, tem como ponto de partida os mais antigos valores de produção, usando também da inovação para responder às exigências ambientais e tendências de consumo do século XXI.
A Carne D’Erva é uma marca detida pela Meadow – Agricultural Asset Management e é pré-finalista do Prémio Intermarché Produção Nacional de 2020 na categoria “Ideias com Potencial”, que só produz carne de vaca nascida e criada em Portugal, 100% alimentada a erva fresca, neutra em carbono e sem aditivos, hormonas e antibióticos.
A Carne D’Erva dedica-se à produção de carne de vaca de forma natural e sustentável, na lezíria de Vila Franca de Xira. A filosofia da marca é assente em 4 pilares: produção a partir de animais nascidos e criados em Portugal, 100% grass-fed – animais exclusivamente alimentados a erva – a partir de pastagens biodiversas compostas por variadas espécies de plantas respeitando o equilíbrio do ecossistema, neutra em carbono e sem quaisquer aditivos, hormonas e antibióticos.
150 animais pastam livremente em exploração de 100 hectares
Trata-se de uma exploração que conta com 100 hectares de terreno, onde cerca de 150 animais pastam livremente, resultando num “produto de excepção: tenro, saboroso, rico em vitaminais e minerais, e composto por gorduras saudáveis e benéficas”, garante a marca em nota de imprensa.
A comercialização é feita essencialmente através do canal e-commerce, no site carnederva.pt, onde é possível encontrar uma dezena de produtos de carne de bovino com cortes distintos e quatro packs temáticos, com uma oferta adequada a cada perfil de consumidor.
As peças chegam à casa dos consumidores embaladas em vácuo, ultracongeladas, para assegurar a qualidade do produto e segurança. Os packs são vendidos para todo o País, do Minho ao Algarve, não só para o cliente final como para a área da restauração, lojas gourmet e mercearias de bairro. Por ano, são vendidos 35 toneladas de carne em todo o País.
Agricultura regenerativa e economia circular
João Testos Pereira, engenheiro Zootécnico e sócio fundador da Carne D’Erva, adianta que “desenvolvemos um modelo de produção inovador, incorporando conceitos como o da agricultura regenerativa e da economia circular. A nossa carne é 100% grass-fed e carbon neutral, estes são factores cruciais na escolha dos nossos consumidores”.
Aquele responsável acrescenta que “existe uma preocupação pela forma como os nossos animais são tratados desde o momento em que nascem até ao momento de entrega na mesa dos portugueses. Na exploração não há um animal que seja submetido a confinamento e na engorda, embora demore mais tempo, não é utilizada qualquer metodologia grain-fed, em que os animais são submetidos a uma alimentação com base em concentrados, cereais e outros subprodutos que podem ser prejudiciais à saúde”.
O projecto nasceu em 2017 num terreno onde o critério de escolha foi a possibilidade de o enquadrar num ecossistema propício ao desenvolvimento de pastagens de qualidade – o “terroir” da lezíria de Vila Franca de Xira sempre foi reconhecido pela excelência da carne dos animais que nela pastavam e engordavam.
Desta forma, é possível proporcionar uma alimentação à base de ervas variadas que, apesar de levar mais tempo na engorda dos bovinos, entre 10 a 24 meses, permite a obtenção de uma carne mais estruturada, saudável e saborosa.
Auto-suficiência alimentar
Existem diversos factores de diferenciação da Carne D’Erva, sendo o principal a sustentabilidade na produção que tem por base cinco pontos distintos: auto-suficiência alimentar para todos os animais a partir de pastagens permanentes biodiversas, promoção da melhoria e regeneração do solo, uso eficiente da água, não utilização de fertilizantes azotados e o sequestro de carbono.
O ecossistema onde está inserida a exploração, praticamente em pleno estuário do Tejo, é extremamente rico em fauna, flora e microbiota. Os solos, antigo leito de cheias do Tejo, são muito ricos em diversos minerais conferindo às pastagens todos os nutrientes que são necessários para alimentar os animais. O cuidado com que é gerida a produção de carne nestes campos visa a manutenção e promoção de todo este habitat, através de uma agricultura de conservação com intervenção mínima.
Trata-se de uma produção nacional de bovinos que crescem na lezíria ribatejana, onde a biodiversidade das pastagens permite que o animal se alimente de diferentes ervas, dando origem a uma carne de qualidade, saudável e saborosa. Sem recurso a aditivos, hormonas ou antibióticos, esta forma de criação permite um desenvolvimento do animal 100% natural.
O artigo foi publicado originalmente em Agricultura e Mar.