A saúde das plantas não só é vital para o nosso ambiente e para a segurança alimentar, como também desempenha um papel significativo para moldarmos a nossa economia. Esta afeta diretamente vários setores e indústrias, o que pode resultar em impactos económicos positivos ou negativos.
Manter as plantas saudáveis é fundamental para a produção agrícola, afetando diretamente a produtividade e a qualidade dos produtos. Plantas saudáveis são essenciais para garantir a segurança alimentar, promover a sustentabilidade ambiental e fortalecer a economia. No entanto, as pragas e doenças das plantas representam uma ameaça crescente que pode levar a perdas significativas na produção e impactos económicos severos. Por sua vez, este efeito pode resultar num aumento dos preços dos alimentos para os consumidores e, eventualmente, em escassez de alimentos, afetando a economia global.
Neste sentido, por forma a sensibilizar a população para as profundas ligações entre a fitossanidade e a vida quotidiana, estimulando a ação dos cidadãos para proteger a saúde das plantas, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) colabora com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) na campanha #PlantHealth4Life.
Paula Cruz Garcia, Subdiretora Geral da DGAV, refere que “as pragas e as doenças invasoras podem ser introduzidas através de plantas e produtos vegetais pelas fronteiras. É necessário proteger a saúde das plantas através de rigorosas regras de importação e certificações que ajudem a salvaguardar a agricultura local e a impedir a disseminação de pragas nocivas”. São exemplos destas certificações o Certificado Fitossanitário, que tem de acompanhar as plantas e a maioria dos produtos vegetais que entram na UE ou o Passaporte Fitossanitário, que deve acompanhar todas as plantas comercializadas na UE.
Entre os principais impactos das pragas e doenças das plantas estão:
- Redução da produção agrícola: A infestação de pragas pode reduzir drasticamente a quantidade e a qualidade de produtos agrícolas disponíveis, afetando tanto os agricultores quanto os consumidores.
- Aumento dos custos de controlo: Medidas de controlo e erradicação de pragas requerem investimentos significativos, elevando os custos de produção para os agricultores e, consequentemente, os preços dos produtos para os consumidores.
- Perda de mercados de exportação: A presença de pragas e doenças pode levar à imposição de barreiras fitossanitárias por parte de outros países, resultando na perda de mercados de exportação importantes e na redução das receitas de exportação.
- Danos ao meio ambiente: O uso indiscriminado de produtos fitofarmacêuticos para o controlo de pragas pode causar danos ao meio ambiente, afetando a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.
- Impacto nas comunidades rurais: A agricultura é uma fonte vital de emprego e recursos para as comunidades rurais. A perda de colheitas e a redução da produção podem ter consequências sociais graves, como desemprego e migração.
Sobre a campanha
#PlantHealth4Life é uma campanha plurianual e multinacional desenvolvida a pedido da CE e baseada numa análise aprofundada das perceções e do comportamento dos cidadãos em matéria de fitossanidade em toda a UE. Este ano, a campanha envolve 21 Estados-Membros e um país candidato, duplicando o alcance em relação ao ano anterior: Alemanha, Bélgica, Chéquia, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, Suécia e Montenegro.
Para mais informações, contacte ATREVIA:
Carina Monteiro – cmonteiro@atrevia.com
Andreia Ramos – aramos@atrevia.com
O artigo foi publicado originalmente em DGAV.