A Câmara do Fundão vai apoiar técnica e financeiramente a fileira do queijo, com um financiamento para produtores do concelho que adiram ao processo de certificação e com a comparticipação à aquisição de equipamentos, foi hoje anunciado.
Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a autarquia lembra que a fileira do queijo representa cerca de 30 milhões de euros na economia do concelho e explica que já estabeleceu um protocolo de cooperação com a Associação de Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco.
O acordo visa assegurar investimentos que estimulem os produtores a aderir ao processo de certificação do queijo, assim como definir estratégias e criar sinergias com o intuito de desenvolver toda a fileira do queijo.
Segundo a informação, o município vai apoiar os produtores a aderir ao processo de certificação, procedendo ao pagamento de 50% do valor do selo de certificação aos produtores de queijo da Beira Baixa DOP do concelho do Fundão.
Além disso, a autarquia vai ainda atribuir um financiamento à Associação para a compra de equipamentos que permitam a das características do leite de forma rápida.
Já a Associação de Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco irá colaborar com a autarquia no projeto de “Reintrodução de Pequenos Ruminantes na Paisagem Protegida da Serra da Gardunha”, de modo a que o mercado local absorva o leite produzido pelos rebanhos que pastoreiam a serra da Gardunha no fabrico de queijo.
O presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes (PSD), que é citado na nota de imprensa, explica que esta medida visa o “incremento anual da produção que se integra na linha DOP da fileira do queijo”.
Paulo Fernandes lembra que “a fileira do queijo representa um valor de cerca de 30 milhões de euros por ano na economia do concelho do Fundão, sendo um dos principais produtos endógenos deste território e constituindo-se como um dos produtos com maior potencial de valorização”.
Igualmente citado, o presidente da Associação de Produtores de Queijo do Distrito de Castelo Branco, Carlos Godinho, refere que com este protocolo e com o investimento que será realizado vai ser “possível diminuir os custos para os produtores, aumentar a certificação do queijo e melhorar todo o processo de comunicação e comercialização”.
O protocolo surge no seguimento da criação do Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro, que considera os territórios que integram um conjunto de DOP (Denominação de Origem Protegida) e IGP (Indicação Geográfica Protegida), nomeadamente Beira Baixa, Serra da Estrela e Rabaçal.
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