A Câmara Municipal da Guarda está a promover sessões informativas nas 23 freguesias consideradas áreas prioritárias pelo Governo, com o objetivo de incentivar os proprietários à realização das operações de limpeza dos terrenos.
O vereador Sérgio Costa, com o pelouro da proteção civil e das florestas, disse à agência Lusa que o município da Guarda, em colaboração com a GNR e as Juntas de Freguesia, está a realizar ações de sensibilização nas freguesias rurais, “no sentido de os proprietários ficarem alertados para os pontos críticos que ainda não estão limpos”.
Segundo o autarca, a GNR e a Câmara identificam os locais e nas sessões de sensibilização as situações são clarificadas.
“Isto é uma ação nunca vista (…) para que as pessoas, ato contínuo, possam fazer essa limpeza, baseada sempre no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, do qual as freguesias têm já pleno conhecimento, para que, até dia 31 de março, possam fazer as limpezas dessas zonas críticas que até à data ainda não estão limpas”, disse.
Segundo Sérgio Costa, no caso do município da Guarda, “primeiro sensibiliza-se, para que depois as pessoas possam atuar em conformidade”.
O responsável adiantou que a iniciativa, que já passou “da metade das 23 freguesias prioritárias”, está a ter grande recetividade por parte da população, reconhecendo que é importante “para evitar as coimas” e “as substituições que a lei depois obriga”.
Em 2018, segundo o vereador responsável pelo pelouro da proteção civil e das florestas na Câmara Municipal da Guarda, “houve uma situação ou outra” em que o município teve que se substituir aos proprietários dos terrenos.
“A expectativa é que este ano esse número tenda para zero. Naturalmente que o município está preparado para isso mesmo. Para que se tivermos que nos substituir e fazermos a limpeza das envolventes dos aglomerados, fá-lo-emos, naturalmente”, garantiu.
Sérgio Costa reconhece que “haverá sempre a necessidade dos apelos e das sensibilizações”, mas vaticina que “nunca é demais” fazer as campanhas de sensibilização junto das populações para diminuição das áreas ardidas.
“Nós não podemos nunca baixar os braços à sensibilização, sempre na prossecução da proteção das pessoas, dos bens, da floresta, da economia, da sociedade”, rematou.
Quanto à responsabilidade direta do município, adiantou que a Guarda, que em 2014 foi pioneira na aprovação do Plano Municipal da Floresta Contra Incêndios, tem gasto anualmente “cerca de 350 mil euros na limpeza de cerca de 500 quilómetros de rede viária”, com uma faixa de dez metros em cada berma.
A autarquia iniciou também, em 2018, o arranjo dos caminhos rurais e florestais do concelho, cuja rede totaliza 1.600 quilómetros, procede à limpeza de uma faixa de 100 metros à volta da Plataforma Logística, do Parque Industrial e de pontos de água, e apoia financeiramente as corporações de bombeiros e as equipas de sapadores florestais.
O município da Guarda prevê disponibilizar este ano cerca de um milhão de euros para ações relacionadas com a prevenção da floresta, segundo o vereador.