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– 07-01-2008 |
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Boticas: Museu vai preservar hist�ria e tradi��o do "Vinho dos Mortos"O "Vinho dos Mortos", um dos ex libris de Boticas, vai dispor de um pequeno museu que pretende preservar a hist�ria deste vinho, que � enterrado, e impedir a sua extin��o, disse fonte da autarquia. Actualmente, são poucos os viticultores que se dedicam � produ��o do "Vinho dos Mortos" nos moldes tradicionais e, para impedir a sua extin��o, a autarquia e a Cooperativa Agr�cola de Boticas (Capolib) estáo a desenvolver um plano que passa pela recupera��o e preserva��o deste produto. O Reposit�rio Hist�rico do "Vinho dos Mortos", obra que está a ser conclu�da na Granja, � uma das etapas desse plano e vai funcionar como uma esp�cie de "museu vivo", onde representa todo o processo de "fabrico" daquele n�ctar. O nome do vinho pode parecer um pouco macabro mas deriva de um facto hist�rico ligado �s invas�es francesas. Quando em 1807 as tropas francesas, comandadas pelo general Soult, invadiram pela segunda vez Portugal, o povo, com medo que estes lhes pilhassem as suas colheitas e outros bens, escondeu o que conseguiu. Segundo a fonte da autarquia, o vinho foi enterrado no ch�o das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares. Mais tarde, depois dos franceses terem sido expulsos, os habitantes recuperaram as suas casas e os bens que restaram e, ao desenterrarem o vinho, até o julgaram estragado. Por�m, descobriram que estava muito mais "saboroso" e que "tinha adquirido propriedades novas". "� uma vinho com uma gradua��o de 10 a 11 graus, palhete, apaladado, e com algum g�s natural, resultante da fermenta��o no escuro e a uma temperatura constante", explicou � Agência Lusa o produtor Armindo Sousa Pereira. Este pequeno viticultor � um dos poucos que, em Boticas, ainda produz o "Vinho dos Mortos" nos seus moldes tradicionais, de acordo com a t�cnica que j� aprendeu com os seus pais. Por ter sido "enterrado", ficou a designar-se por "Vinho dos Mortos" e passou a utilizar-se esta t�cnica, descoberta ocasionalmente, para melhor o conservar e optimizar a sua qualidade. As cerca de mil garrafas que Armindo Sousa Pereira produz anualmente são enterradas em finais de Abril ou Março, no ch�o de saibro da sua pr�pria adega e "até não precisa de ser a grande profundidade". "O importante � que as garrafas fiquem enterradas", sublinhou. Entre Julho e Agosto, as garrafas são desenterradas e o n�ctar fica pronto para beber. O produtor diz que são muitos os turistas e apreciadores que se deslocam a Boticas de prop�sito para comprar uma garrafas deste vinho hist�rico. H� alguns anos, o "Vinho dos Mortos" foi Também um dos temas centrais que uma televisão japonesa gravou na regi�o do Alto T�mega. E � esta tradi��o e esta hist�ria que o Reposit�rio do Vinho dos Mortos pretende preservar e dar a conhecer. Naquele pequeno edif�cio em granito vai ser colocado um lagar em pedra, alguns objectos ligados � produ��o do vinho e pain�is descritivos desse processo e da hist�ria que deu origem � sua denomina��o. O espaço exterior será Também tratado, adornado com videiras em latada e possuirá em exposi��o alguns objectos relacionados com o vinho que possam ser mantidos ao ar livre, como tinas ou vasilhas em granito.
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