Espanha é, neste momento, o país nop mundo inteiro que mais beneficia da procura chinesa e daí resulta o diferencial de preços cada vez maior para os restantes países europeus. Já para os EUA o diferencial não é tão grande, uma vez que os norte-americanos estão a transaccionar a preços inusualmente próximos dos europeus.
O mercado da carne continua a viver duas realidades paralelas muito distintas: por um lado um ritmo intenso de procura asiática e, por outro, uma diminuta procura interna na Europa.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Tendência Geral:
Com a conclusão do primeiro trimestre de 2021 já se podem fazer balanços sobre estes primeiros meses do ano:
- A média de preços foi 24% inferior à média registada no período homólogo de 2020;
- No entanto, na primeira semana do segundo trimestre, o preço já “apenas” 13% abaixo do registado na primeira semana do segundo trimestre de 2020;
- Entre a semana 1 e a semana 12 a variação total do mercado português foi de 54,4 cêntimos, representando um aumento de 24% no preço;
- No plano internacional, verificou-se que o vazio internacional deixado pela Alemanha (que representava 10% da exportação mundial), foi praticamente todo coberto pela Espanha;
- O grande motor da subida de preços foi o desiquilíbrio entre a procura e a oferta provocada pelo volume de exportação para a China. No entanto, essa subida ainda não foi repercutida na carne.