O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) estima aumentar “de forma significativa” a ajuda para São Tomé e Príncipe fomentar a produção agrícola e pesqueira e a transição energética, anunciou fonte oficial, na capital são-tomense.
“Teremos um novo ciclo de financiamento. Nesse momento estamos a confirmar o montante. No ciclo precedente nós tivemos cerca de 25 milhões de dólares [cerca de 23 milhões de euros] em três anos. Nós estamos bastante otimistas que este montante vai aumentar de forma significativa”, anunciou o representante do BAD em Angola Pietro Toigo, após um encontro com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, em São Tomé.
O responsável adiantou que o montante exato de financiamento “está a ser confirmado pelos governadores do Banco Africano de Desenvolvimento” para a nova estratégia de cooperação que iniciará em finais de 2023 para os próximos cinco anos.
Pietro Tigo considerou que o encontro com o primeiro-ministro são-tomense “foi muito importante” para confirmar as áreas prioritárias de cooperação com o arquipélago, sobretudo, para o aumento da produção agrícola e pesqueira.
“Seguramente é um setor que o BAD apoiou o país nos últimos 10 anos e iremos continuar a apoiar o país no que concerne à produção, aumento da exportação de alto valor de produto original, especialmente orgânico de São Tomé e Príncipe, mas também o desenvolvimento rural, a conectividade de estradas rurais e a irrigação e apoio aos produtores” disse Pietro Toigo.
Na quarta-feira, o Governo anunciou através de comunicado do Conselho de Ministros que está “preocupado com a situação” de “falha de energia elétrica” no país e que “instruiu os ministros tutelares das Finanças e das Infraestruturas a estabelecerem contactos com novos parceiros, visando encontrar uma solução alternativa, tão breve quanto possível, para solucionar o problema”.
Após o encontro com o primeiro-ministro, o representante do BAD afirmou que a transição energética é uma “área muito importante”, assegurando o apoio desta instituição para “a soberania energética de São Tomé e Príncipe”.
“Começar primeiro a dar segurança no acesso a energia, que nesse momento não é ao nível satisfatório, e especialmente virar a matriz energética do país para as energias renováveis, energias que se encontra no país como a hidroelétrica ou a solar, e não depender da importação de combustíveis”, disse Pietro Toigo.
Por outro lado, o responsável referiu que o BAD vai apoiar a melhoria da “conectividade e a integração do país com o resto do continente”, incluindo a integração “digital e financeira”.
“O emprego dos jovens vai ser uma parte muito importante, e de forma geral, o fortalecimento das instituições e a melhoria do sistema de governação”, concluiu Pietro Toigo.