A bactéria ‘Xylella Fastidiosa’ foi detetada em quatro locais nos concelhos de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, na Área Metropolitana do Porto, indicou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
“Foi confirmada a presença da bactéria em quatro novos locais, nos concelhos de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira. A subespécie da bactéria até agora identificada é a ‘Xylella Fastidiosa subsp. Multíplex ST7”, lê-se num despacho divulgado pela DGAV.
Até agora, as plantas identificadas nesta zona abrangem géneros e espécies como ‘acácia longifólia wild’, ‘aspargus acutifolius’, ‘strelitzia reginae’, ‘salvia rosmarinus spenn’ e ‘prunus persica’.
Perante a deteção de novos casos foi alargada a zona demarcada e destruídos os vegetais abrangidos pelas zonas infetadas, “após a realização de um tratamento adequado contra a população de potenciais insetos vetores”.
Foi também proibida a plantação nas zonas infetadas, bem como o movimento para fora desta zona e a comercialização em feiras e mercados, nesta zona, de qualquer vegetal destinado a plantação, suscetível à subespécie desta bactéria.
“Pode ser excecionalmente autorizada a produção e comercialização dentro das zonas tampão, após avaliação dos pedidos de autorização apresentados por fornecedores devidamente licenciados pela DGAV, e de plantas pertencentes aos géneros e espécies suscetíveis à subespécie da bactéria”, ressalvou.
Em causa está uma bactéria transmitida pelo inseto ‘Philaenus spumarius’ (vulgarmente conhecido como cigarrinha-da-espuma), que se alimenta do xilema das plantas e cujo ciclo se inicia na primavera.
A bactéria afeta um elevado número de espécies de plantas ornamentais e também espécies de culturas como a oliveira, a amendoeira, a videira ou a figueira.
Em 18 de janeiro de 2019, Portugal informou oficialmente a Comissão Europeia da presença da bactéria ‘Xylella fastidiosa’ em plantas de lavanda no jardim de um ‘zoo’ em Vila Nova de Gaia, no Porto, conforme disse à Lusa, na altura, uma fonte comunitária.
Atualização da zona demarcada para Xylella fastidiosa – fevereiro 2021