A Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã (APFTFB) e a Câmara Municipal de Montalegre continuam a promover um conjunto de sessões de sensibilização para os produtores. A última sessão decorreu no passado dia 23 de junho, no Pavilhão Multiusos de Montalegre e, desta vez, o tema escolhido foi a nutrição e alimentação de suínos. A comunicação esteve a cargo de Divaldo Monteiro, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
As necessidades nutricionais dos suínos; a influência da alimentação na qualidade da carne e a definição de planos alimentares foram alguns dos temas em destaque. “As necessidades alimentares dos animais variam com a raça, com o modo de produção e com a idade e função dos animais”, defendeu Divaldo Monteiro que acrescentou que “a alimentação dos suínos deve ser uma combinação equilibrada de vários alimentos: não pode ser só batata ou abóbora”.
O orador destacou, ainda, a importância de os suínos beberem água com qualidade. “Se o produtor não consegue beber da mesma água que dá aos animais, não está a agir corretamente”, frisou.
A sessão contou ainda com a intervenção de David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, que falou da importância de manter a tradição e o saber fazer tão genuíno de Montalegre em todo o processo, nomeadamente o hábito de alimentar os animais com produtos criados pelos produtores.
Já Boaventura Moura, Presidente da APFTFB, destacou o facto de os produtores, através destas sessões, terem a oportunidade de aprenderem com especialistas.
Esta foi a 4ª de 8 sessões de sensibilização e capitação que visam transmitir aos produtores mais conhecimento e informação, contribuindo para a sua qualificação e fomentando a sua competitividade. Focando um conjunto de temas centrais, as ações pretendem, assim, disseminar boas práticas de produção e muni-los de importantes conhecimentos técnicos e métodos inovadores.
O projeto “Fumeiro e Presunto de Montalegre – Qualificar, Diferenciar e Posicionar” junta cerca de 70 produtores, está em execução até 2023 e decorre de uma candidatura aprovada ao Sistema de Incentivos às Ações Coletivas, cofinanciados pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.