O presidente da empresa gestora do Alqueva defendeu que o projeto é “a melhor apólice de seguro que o Alentejo podia ter”, sobretudo em períodos de seca, como o que atravessa atualmente.
“Alqueva é hoje a melhor apólice de seguro que o Alentejo podia ter, principalmente quando a água não cai do céu”, disse José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), que falava à Lusa a propósito dos 20 anos do fecho das comportas da barragem, assinalados no dia 8 de fevereiro.
Segundo o responsável, a albufeira do Alqueva, situada no rio Guadiana, “é a única origem de água” na Península Ibérica destinada a regadio, produção de energia e abastecimento público “com capacidade para enfrentar grandes períodos de seca”.
Atualmente, a albufeira armazena 3 284,52 milhões de metros cúbicos (m3) de água e está à cota de 148,36 metros e com 79,15% da capacidade máxima.
Ou seja, a albufeira está com um volume de água utilizável de cerca de 2 284 milhões de m3, o que “seria suficiente” para satisfazer todas as necessidades do empreendimento do Alqueva durante “cerca de dois anos e meio” de seca.
Isto tendo como referência os volumes de água extraídos do sistema Alqueva-Pedrogão, libertados para assegurar o caudal ecológico do Guadiana e evaporados daquelas albufeiras em 2021.
E “assumindo” que não choveria e que “o Guadiana e todos os rios e ribeiras que […]