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– 22-05-2008 |
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Alimentos: Portugueses cada vez mais dependentes do exterior para comer cereais, gr�o e peixeOs portugueses estáo cada vez mais dependentes do exterior quando chega a hora de pôr a comida na mesa: 85 por cento dos cereais v�m de fora e as leguminosas s� cobrem 13 por cento das necessidades. Num país de alimentos importados, o vinho, ovos e mel ainda são produtos da terra. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatéstica (INE), entre 2003 e 2006 o consumo de cereais manteve-se estável: os portugueses consumiram cerca de 1.330.000 toneladas de cereais por ano. Com um mercado nacional a produzir cada vez menos, os vendedores precisaram de recorrer ao mercado externo. H� 18 anos, os campos nacionais de cereais e arroz produziam quase metade do que os portugueses consumiam. Treze anos depois, a produ��o destes produtos diminuiu, cobrindo apenas 27,4 por cento do consumo anual. Quando se analisa apenas os cereais produzidos em 2006 a situa��o � ainda mais preocupante: apenas 16 por cento das necessidades são colmatadas pela agricultura portuguesa. Dados do INE indicam que o país importa mais de 90 por cento do trigo e de cevada, cerca de 70 por cento do milho e mais de 60 por cento do centeio. Hoje, "as farinhas t�m de ser importadas porque não h� quantidade suficiente nem para fazer o p�o e os bolos", lembrou Domit�lia Lopes da Silva, secret�ria-geral da Associa��o Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares. "Muitos agricultores deixaram de produzir", lembrou a respons�vel da associa��o que em poucas palavras ilustra a situa��o da agricultura portuguesa: plantações artesanais, produ��es pequenas, IVA muito elevado e pre�os pouco competitivos. "Houve gente que abandonou o campo rumo �s grandes cidades � procura de uma vida melhor, porque perceberam que era imposs�vel competir com os estrangeiros. além disso deix�mos de ter muitos produtos porque a União Europeia disse que não era para plantar mais, como aconteceu com os cereais", recorda. Existem outros alimentos nacionais que come�am a perder import�ncia face ao mercado externo sem que ningu�m pare�a dar conta, como � o caso do feij�o seco e do gr�o-de-bico. H� quase duas d�cadas, os portugueses produziam mais de metade das leguminosas secas necess�rias. J� em 2003, 87 por cento era importado. Apesar de os agricultores estarem a produzir menos, os produtos nacionais continuam a ter procura, segundo a presidente da Associa��o de Comerciantes e Mercados de Lisboa, Lu�sa Carvalho. "N�s temos um pouco de tudo, mas a produ��o � escassa e os pre�os não são competitivos", afirmou Lu�sa Carvalho, contando que os operadores dos mercados recebem queixas de quem não consegue encontrar nas bancas o que � "nacional". "Mais informados e atentos", os consumidores queixam-se quando v�em na rotulagem que o produto � estrangeiro, recusando-se muitas vezes "a levar para casa laranjas espanholas ou ameixas argentinas". Por enquanto, está garantida a produ��o nacional de arroz, que cobre 80 por cento das necessidades. Também o mercado do mel � referenciado pelo INE como conseguindo responder a todos os pedidos dos portugueses, assim como os ovos que até ultrapassam as necessidades. A azeitona, o leite e seus derivados apresentam valores muito próximos do necess�rio, rondando os 95 por vento. Os dados do INE revelam que nas bancas h� cada vez menos pescado nacional: se em 1990 representava 79 por cento do consumo nacional, em 2003 não chegava para cobrir metade das necessidades. Também no que toca �s "carnes e miudezas" assiste-se a uma redu��o da presença destes produtos nas prateleiras dos supermercados que chegaram a representar noventa por cento do necess�rio na d�cada de 90. Hoje, quase um teráo j� vem de fora. J� se sente "uma grande car�ncia de produtos nacionais nos mercados", alertou a presidente da Associa��o de Comerciantes e Mercados de Lisboa, apontando como uma das raz�es o facto de alguns produtores nacionais apostarem na exportação. No norte existe uma f�brica de conservas de peixe com pre�os bastante elevados que s� produz para enviar para fora, lembrou por seu turno Domit�lia da Silva. além das empresas portuguesas que s� trabalham para o mercado externo, h� tradi��es que se foram perdendo por falta dos produtos nacionais. Ficou para a hist�ria os tremo�os gr�tis que acompanhavam a cerveja. Hoje, a grande maioria dos tremo�os vem do Chile. Domit�lia recorda Também a hist�ria do polvo: "T�nhamos muito polvo � venda e a pre�o acess�vel, mas hoje exportamo-lo quase todo para o Jap�o e � muito mais caro".
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