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– 08-05-2004 |
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Algarve : Produtores florestais querem mais tempo para escoar madeira ardidaPortimão, 07 Mai O encerramento do parque, anunciado para o final de Junho, "trará prejuízos incalculáveis para os produtores, com a inevitável perda do preço de garantia, de 25 euros por tonelada", sustentou hoje o presidente da Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio (Aspaflobal). Emílio Vidigal, em declarações à Agência Lusa, alertou também para o perigo do preço da madeira "cair na especulação dos intermediários" após o encerramento daquele parque. O parque da Sienave, instalado entre Portimão e Monchique, recebeu até ao momento 7 mil toneladas, uma média de mil toneladas por mês, destacando-se como o que acolheu maior quantidade de madeira queimada, dos 14 existentes em todo o País. "Apenas recolhemos cerca de 10 por cento da madeira ardida, porque não existem meios de corte disponíveis", lamentou o líder da Aspaflobal. "Toda a maquinaria existente no Algarve, está a funcionar ininterruptamente, mas é insuficiente", referiu. Face à situação, Emílio Vidigal sustenta que é essencial a manutenção em funcionamento do parque, pois caso contrário "corre-se o risco de a madeira apodrecer nas matas algarvias, deixando os produtores florestais de ter a certeza da sua venda ao preço de referência". O líder da Aspaflobal aponta o governo como principal responsável pela situação dos produtores e da floresta do Algarve porque "não cumpriu o que prometeu logo após os incêndios do Verão de 2003". "Deram-nos uma lista de 300 endereços para escoarmos a madeira ardida. Porém, apenas uma das moradas é a Sul do Tejo, o que cria dificuldades de transporte", disse, sustentando ser "muito difícil vender a madeira no Algarve e, mesmo que se venda, será sempre a um preço muito abaixo do valor de referência". Perante este cenário, os proprietários florestais estão preocupados com o seu futuro, pois esperavam pelo rápido escoamento das madeiras para minimizar os prejuízos causados pelo fogo. "O Ministério da Agricultura garantiu que a madeira havia sido vendida, mas permanece na floresta e no parque da Sienave, estão cerca de 7 mil toneladas para sair", explicou Emílio Vidigal. Observou que só com a insistência da Aspaflobal "é que foram retiradas do parque, há 15 dias, as primeiras 30 toneladas e, na passada sexta-feira, outras tantas. A restante madeira apesar de vendida, está a apodrecer". Após os incêndios o ministro da Agricultura anunciou a proibição da exportação da madeira verde para Espanha enquanto a queimada não fosse escoada, mas segundo Emílio Vidigal quem for ao porto de Portimão "vê precisamente o contrário". No rol de críticas ao Governo, Emílio Vidigal considera que "ao olhar para os últimos sete meses, chegou-se à conclusão que não existiram acções concretas de apoio à população afectada pelos incêndios". A problemática da floresta e a atitude do Governo quanto à forma como a questão pós-incêndios tem sido tratada vão ser analisados, na próxima semana, durante a reunião da Federação dos Produtores Florestais Portugueses (FPFP). Recorde-se que a Federação defende que o governo deveria assegurar um tratamento justo com indemnização ou compensação pela perda de rendimento dos produtores florestais vítima dos fogos. Por seu lado, em declarações à Lusa, o director regional de agricultura do Algarve considera "sem fundamento" as críticas do líder da Aspaflobal. Segundo José de Paula Brito, "não se justifica o prolongamento do funcionamento do parque de recepção de madeiras queimadas do Algarve", por tratar-se apenas de um local de recolha. "O preço de referência estipulado pelo Governo deverá manter- se para além de Junho", disse. Em relação à dificuldade de escoamento das madeiras ardidas, o director regional de Agricultura do Algarve considera as medidas governamentais adequadas, aponta a falta de meios de corte e "o excesso de oferta existente no mercado" como factores que explicam a falha no escoamento. Os incêndios do Verão de 2003 afectaram mais de 15 mil proprietários florestais de seis concelhos do Barlavento algarvio, Aljezur, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Monchique e Silves.
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