A AJAP – Associação dos Jovens Agricultores de Portugal alertou para a importância de atrair mais jovens para os territórios rurais, sublinhando que o rejuvenescimento do setor é essencial para garantir o futuro da agricultura e a vitalidade das comunidades locais.
O apelo foi reforçado no âmbito do evento “Inovação para melhorar a rentabilidade dos olivais”, que decorreu dia 17 de outubro, na Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, no contexto do projeto “DEMO4inovOLIVE”, liderado pelo Instituto Politécnico de Portalegre, e que reuniu agricultores, técnicos e especialistas para discutir soluções inovadoras para o setor.
A AJAP marcou presença na sessão através do seu diretor-geral, Firmino Cordeiro, que destacou a importância de aproximar o mundo rural da sociedade em geral.
Segundo o responsável, é fundamental que os agricultores tenham “como aliado o público urbano, consumidores dos nossos produtos agrícolas, mas também paisagem, natureza, ecossistema e biodiversidade”. Firmino Cordeiro acrescentou ainda: “temos de atrair mais turistas aos nossos territórios”.
Firmino Cordeiro deixou também uma mensagem dirigida aos jovens, apelando para que “sejam resilientes e não desistam dos seus sonhos”.
O diretor-geral da AJAP defendeu que “os candidatos a Jovens Agricultores e a Jovens Empresários Rurais (JER) têm de ser capazes de pressionar, desde logo, a família, os autarcas, os dirigentes das CIM – Comunidades Intermunicipais e das CCDR – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, os dirigentes associativos e os governantes nas pastas da Juventude, Coesão, Economia, Ambiente e Agricultura”.
O Diretor-Geral da AJAP não tem dúvidas: “os jovens nos territórios rurais necessitam da interligação de entidades públicas e privadas para melhorar toda a atratividade dos territórios, as condições de capacitação, acompanhamento e outras mesmo ao nível dos apoios”.
Por fim, Firmino Cordeiro afirmou que “temos de ser capazes de travar o abandono, a desertificação, a ausência de jovens nestes territórios” sendo que “não nos podemos dar ao luxo de abandonar mais de 75% do território nacional”.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.