.Cinco barragens da EDP proibidas de produzir energia hidroelétrica, devido à seca, continuam sem poder operar, mas já há ganhos no armazenamento. Em Aguieira e Castelo de Bode, o nível da água subiu vários metros.
A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já levantou as restrições à albufeira de Aguieira, na zona do Mondego. A ordem foi dada na última semana, adiantou à TSF o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado. Depois de janeiro e fevereiro terem sido os mais secos em Portugal desde que há registo, o Governo tinha, há três meses, dado ordens para suspender a produção hidroelétrica em cinco barragens do país e colocado limitações em várias albufeiras. O objetivo era garantir que não faltava água para o consumo humano. A situação de seca mantém-se preocupante, mas a medida permitiu, em algumas zonas do país, a recuperação de parte das reservas de água.
Alto Lindoso/Touvedo, Alto Rabagão, Vilar/Tabuaço, Cabril e Castelo de Bode foram as barragens da EDP que viram a produção de energia totalmente interrompida. Para já, os níveis de armazenamento de água permanecem abaixo do esperado para esta altura, pelo que a Agência Portuguesa do Ambiente não consegue prever quando será possível levantar as restrições.
“Só na bacia do Douro e do Mondego [onde os volumes de água armazenados são 80,7% e 91,7%, respetivamente] é que estamos acima da média. Nas restantes estamos muito abaixo da média, com destaque para a bacia do Lima [que se fica pelos 19,5%], Cávado [com 44,9%], Sado [55,1%], Mira [40,4%] e mesmo no Barlavento, em particular na barragem da Bravura [15,4%], temos níveis muito baixos”, relata José Pimenta Machado.
Ainda assim, há ganhos a registar. Em Castelo de Bode, por exemplo, a suspensão da atividade da barragem já permitiu elevar […]