As pessoas são a chave do sucesso de qualquer empresa, em qualquer segmento. Na agricultura, isto é mais evidente pois depende, fundamentalmente, de cada colaborador, que planta, cuida, acompanha.
Em 2017, decidi abrir um novo negócio, num segmento também novo para mim: uma empresa de produção e valorização de amêndoas na região da Beira Baixa. Não sou agrónomo e a minha carreira foi construída na tecnologia, no Brasil. Mas considero-me um gestor que tem como motor interno a inquietude e apaixonei-me pela agricultura.
Neste artigo, vou procurar partilhar a minha experiência no agronegócio e ajudar quem me lê com dicas e sugestões que fizeram a diferença no projeto que hoje me apaixona.
1. Procurar conhecimento
Sem nunca ter trabalhado ou investido na agricultura, o primeiro passo que dei foi procurar conhecimento para criar este negócio. Acredito que vivemos num momento muito privilegiado, onde a busca pelo conhecimento está muito mais ao nosso alcance. Portanto, cabe a nós, que queremos montar um negócio, empreender e procurar o necessário. Esta busca é um motivador interno. Temos que ser apaixonados pelo negócio e entendê-lo o máximo que pudermos.
2. Gestão profissional e controlo de variáveis possíveis
Dito isto, é importante ressalvar que o agronegócio tem que ser encarado na ótica de uma gestão profissional, ou seja, é preciso separar muito bem o que é particular do que é negócio, que deve ser criado para gerar margem. Isto requer uma gestão detalhista, na ponta do lápis. Há duas variáveis imprescindíveis neste segmento: custo e produtividade. São variáveis que estão sob o nosso controlo, diferentes de variáveis externas, como o clima, a chuva, o granizo, por exemplo. Podemos, com ajuda da tecnologia, tentar acompanhar estes fatores externos, porém não podemos controlar como e se acontecem. Aquelas duas variáveis que referi em cima, sim.
3. Integrar a tecnologia no campo
Por falar em tecnologia, venho desta área, por isso não