O sector europeu continua a pedir medidas que permitam a sua sobrevivência perante a concorrência de países fora da UE, como a Ucrânia ou do Mercosul, lembrando que faz “parte da solução”. No caso nacional, a CAP projeta um mandato melhor para a pasta da Agricultura depois da falta de diálogo com Maria do Céu Antunes.
Os protestos dos agricultores mantêm-se um pouco por toda a Europa, com o sector descontente após anos de políticas que não levaram em consideração as suas necessidades, ameaçando a sua competitividade face ao exterior e a sustentabilidade. As medidas anunciadas esta semana pela Comissão Europeia são um passo na direção certa, mas ainda largamente insuficientes, considera a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que pede ainda o fim do “desmantelamento” do Ministério da Agricultura nacional após um mandato “marcado pela incompetência”.
De Madrid a Varsóvia, esta semana viu novamente caravanas de agricultores em protesto contra o que apelidam de anos de “políticas neoliberais” que minaram o sector, retirando-lhe a capacidade de competir com outras geografias como a América do Sul, argumentam os dirigentes da associação europeia Via Campesina, uma das promotoras dos protestos. A junção de baixos preços pagos ao produtor com a regulamentação crescente sob pretexto da transição climática tem levado os agricultores a um ponto de rutura em que a sua sustentabilidade fica ameaçada, acusam os representantes do sector. […]