Apesar da quebra de 300 mil euros devido à crise, a Adega já conta com três milhões de lucro. Forte aposta no enoturismo está a dar frutos.
Os pequenos e grandes negócios da agricultura, e de outras áreas, estão a ser arrasados pela guerra na Ucrânia, que fez disparar os preços, e a Adega de Palmela não é exceção. A empresa atravessa uma fase de incerteza e ainda há muito para fazer de forma a reconstruir o negócio.
“A guerra e a pandemia de covid-19 desmoronaram negócios”, conta a diretora comercial da Adega de Palmela, Susana Madeiras, ao Dinheiro Vivo. “As caixas e as garrafas de vidro para colocar os vinhos estão mais caras, está muito difícil”, sublinha.
Quando é necessário renovar o stock para embalar os vinhos o medo aperta. “Cada vez que vamos comprar garrafas dizem que subiu entre os 15% a 20%. Neste momento, o preço da garrafa já triplicou”, explica a responsável. Cada garrafa de vidro, antes, custava 16 cêntimos. Atualmente, está nos 30.
Este ano, a Adega já conta com três milhões de lucro, mas quer chegar aos sete milhões de euros. “Estamos a ter muita dificuldade este ano e a falhar várias encomendas devido à falta da matéria-prima subsidiária”, vinca a diretora comercial. Apesar de terem aproveitado os dois anos da pandemia para promover o enoturismo na Adega, a empresa já sofreu uma “quebra de 300 mil euros”.
“Isto acontece a nível nacional. Não há uma empresa que diga “estou safo””, explica o presidente do concelho de administração da Adega, Ângelo Machado.
As pessoas queixam-se de que os preços estão mais caros nos grandes canais de distribuição, mas o lucro das empresas é fraco […]