As exportações agroalimentares da União Europeia (UE) devem aumentar, graças aos recentes dez acordos comerciais externos em negociação ou fechados, pelo menos 3,1 mil milhões de euros em 2032, segundo uma estimativa de Bruxelas.
Numa estimativa hoje divulgada, o executivo comunitário analisa o impacto potencial dos acordos de livre comércio recentemente concluídos, mas ainda não executados, ou em negociação entre a UE e Austrália, Chile, Índia, Indonésia, Malásia, Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), México, Nova Zelândia, Filipinas e Tailândia, estimando aumentos quer nas exportações, quer nas importações.
Nas exportações da UE, prevê-se uma subida entre os 3,1 mil milhões de euros (ME) e os 4,4 mil ME em 2032, do que atingiram sem os referidos acordos comerciais.
Também nas importações, o executivo comunitário antecipa aumentos no valor entre os 3,1 mil e os 4,1 mil ME, até 2032.
Em 2022, o saldo positivo da balança comercial agrícola dos 27 Estados-membros foi de 58 mil ME.
O estudo reconhece, no entanto, que alguns setores sensíveis – como o da carne de bovino, a carne de ovino, as aves de capoeira, o arroz e o açúcar, deverão enfrentar uma maior concorrência por parte dos dez parceiros referidos.
No entanto, a UE diz garantir a proteção dos setores mais sensíveis com “contingentes pautais cuidadosamente calibrados” para evitar perturbações nos mercados.
No que se refere ao comércio entre a UE e o Reino Unido, a concorrência de novos fornecedores no mercado britânico poderá afetar a posição dos Estados-membros, considerando, ainda assim, que as novas oportunidades irão compensar eventuais perdas.