Foram descobertas centenas de abelhas mumificadas no interior dos seus casulos, num novo espaço paleontológico descoberto na costa sudoeste, no concelho de Odemira. Esta descoberta, coordenada pelo paleontólogo Carlos Neto de Carvalho, colaborador do Instituto Dom Luiz (IDL), foi dada a conhecer através de um novo estudo publicado na revista internacional Papers in Paleontology.
Esta fossilização é extremamente rara e normalmente o esqueleto destes insetos é decomposto rapidamente, já que tem uma composição quitinosa, que é um composto orgânico.
Carlos Neto de Carvalho refere neste estudo que “o grau de preservação destas abelhas é de tal modo excecional que pudemos identificar não apenas detalhes anatómicos que determinam qual o tipo de abelha, mas também o seu sexo e até a provisão de pólen monofloral deixada pela progenitora quando construiu o casulo”, explica o paleontólogo.
O projeto identificou quatro sítios paleontológicos com elevada densidade de fósseis de casulos de abelhas, atingindo milhares num quadrado com um metro de lado. Estes locais foram encontrados entre Vila Nova de Milfontes e Odeceixe, no litoral de Odemira, autarquia que deu um forte apoio à execução deste estudo científico, permitindo a sua datação por carbono 14.
A Paleontologia é a ciência que estuda os seres vivos que viveram num passado remoto da Terra. A biodiversidade atual é apenas uma […]