É urgente a implementação de uma política ambiental esclarecida e independente, com vista ao desenvolvimento do país, à mitigação das alterações climáticas, e à manutenção da vida na Terra
Alguma Coisa Tem de Chover
Título do livro de Karl Ove Knausgard
Esta tem sido a nossa atitude perante o ciclo hidrológico, de uma grande passividade, inércia, por vezes falta de conhecimentos científicos, e apostas erradas nas plantações florestais e explorações agrícolas de regadio, sem ter em conta a sustentabilidade dos nossos recursos aquíferos, admitindo sempre que a Natureza irá compensar os nossos erros. Quantas vezes ouvimos – «alguma coisa tem de chover»!…
Os cientistas dizem-nos que «a forma como a água se distribui no espaço e no tempo, deverá condicionar a política de uso da mesma e todas as atividades no país». Isto prende-se com uma correta inventariação dos nossos recursos aquíferos e as necessidades de água em cada distrito, ou por bacia hidrográfica.
Para tal, temos de conhecer a nossa realidade – o nosso clima é consequência da influência mediterrânica e atlântica; no primeiro caso, é responsável por elevadas temperaturas e reduzida pluviosidade a sul e este do país; por sua vez a influência atlântica, faz-se sentir especialmente no Inverno e nas regiões do noroeste português, originando precipitações elevadas. Também devemos ter em conta as três grandes zonas geográficas naturais no país: zona norte atlântica; zona norte transmontana e a zona sul mediterrânica. Outras características com enorme influência na ocorrência das águas são a ‘geologia, a orografia e a hidrografia’, donde […]
Por Elsa Severino – Arquiteta Paisagista