Até 2040, 40% das regiões produtoras de algodão deverão ver os seus campos de cultivo encolher devido ao calor. A seca poderá atingir metade da colheita global.
Os cientistas voltam a alertar para o impacto das alterações climáticas. Desta vez, o foco recai sobre a produção de algodão. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira pela Cotton 2040 (uma iniciativa que visa tornar a indústria de algodão mais sustentável e resistente ao clima), as alterações climáticas, desde as temperaturas mais quentes ao aumento das secas e inundações, ameaçam grande parte da produção mundial de algodão, arriscando-se a agravar a escassez, preços mais altos e preocupações financeiras para os cultivadores.
Até 2040, alertam os especialistas, 40% das regiões produtoras de algodão deverão ver os campos de cultivo encolher devido à subida das temperaturas, enquanto a seca poderá atingir metade da colheita global. Assim, a protecção deste mercado de 12 mil milhões de dólares (cerca de dez mil milhões de euros), em países como a Índia, os Estados Unidos, o Brasil e a China, exigirá tanto a redução das emissões para limitar o aquecimento do planeta como a intensificação dos esforços dos agricultores para se adaptarem aos novos tempos.
Porém, se os esforços para reduzir as emissões falharem e o aquecimento global aumentar, de acordo com as projecções científicas mais duras, a cultura