Nestes dias ditos modernos, na sua incessante ligeireza, velocidade e procura de novas referências, às vezes, sem a avaliar a total extensão dos seus impactos negativos, fustiga-se a caça como atividade desenvolvida por seres humanos.
A suposta modernidade e as modas adjacentes, fundadas em preconceitos e fundamentalismos radicais, amiúde sem qualquer nexo de fundamento científico, diabolizam a caça como se não tivesse sido parte da evolução humana, não fosse essencial para a sobrevivência e não estivesse associada a importantes pontos de equilíbrio dos ecossistemas e a pilares do desenvolvimento local em muitos pontos do país.
Há muitos territórios de Portugal que têm na caça, numa lógica de atividade económica, um motor fundamental de dinamização das comunidades, de fixação de população e de atração de visitantes que, de outro modo, se manteriam na faixa litoral do país ou procurariam outros espaços no exterior para caçar.
Quem fala com a ligeireza de querer impor às esferas de liberdade dos outros regras e proibições que decorrem de gostos pessoais, perspetivas enviesadas e tendências alegadamente modernas e progressistas, só deveria ter a ousadia de as verbalizar tendo capacidade para gerar soluções alternativas sustentáveis para […]