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– 20-03-2008 |
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Dia Mundial da �rvore: As �rvores das patacasEm vez de ficarem sentados no sof� a verificar as mais valias conseguidas com as suas poupan�as, os investidores podem j� optar por um saud�vel passeio num bosque para ver o seu dinheiro a "crescer" verdejante sob a forma de �rvore. Uma empresa espanhola, com uma filial em Portugal, onde conta plantar as primeiras �rvores a partir de Abril, prop�e esta nova forma de investimento que prev� uma rentabilidade de 11 por cento num cen�rio conservador e um m�nimo de nove por cento ao ano, se a op��o forem as �rvores que produzem madeira nobre de primeira qualidade, percentagem que pode ir aos 13 por cento se a op��o forem t�lias, sorveiras ou cerejeiras. além do lucro que proporcionam, as �rvores consomem di�xido de carbono, diminuindo o efeito de estufa, combatem a desertifica��o e produzem madeiras de alta qualidade, ajudando a preservar as florestas virgens tropicais. Ao todo, a empresa Madeiras Nobres, através da sua Funda��o Mais �rvores prop�e-se plantar nos próximos quatro anos em Portugal e Espanha 100 milhões de �rvores, entre nogueiras e castanheiros (as que funcionam como investimento rent�vel) e especies do bosque mediterrúnico, disse � agência Lusa o seu respons�vel comercial em Portugal, Miguel Barros. Na pr�tica, o investimento concretiza-se através da compra de lotes de dez nogueiras, que custam cada um 3.700 euros. A empresa disponibiliza o terreno para as plantar e compromete-se a cuidar delas durante o seu ciclo de 20 anos de vida, regando-as, podando-as e zelando pelo seu bom estado sanit�rio. O investidor não paga mais nada além da verba inicial. Durante a vida da �rvore, os ramos resultantes das podas – quatro vezes por ano para conseguir que o tronco principal ganhe a maior dimensão poss�vel, segundo Miguel Barros – e as nozes ficam para a empresa que as planta. Durante os 20 anos de vida de cada exemplar, c�lculos realizados asseguram ainda que absorve uma tonelada de di�xido de carbono. Quando uma nogueira � abatida e vendida, 90 por cento da venda da madeira vai para o investidor, dez por cento para empresa, que garante por cada �rvore entre um e 1,5 metros c�bicos de madeira nobre, entre tronco principal, ramos grossos e raiz. Embora não avance com o valor por metro c�bico pago por esta esp�cie de madeira produzida na Pen�nsula Ib�rica, onde apenas existem �rvores destas dispersas, o pre�o será sempre superior aos 2.500 euros que custa actualmente o metro c�bico de nogueira americana, garante Miguel Barros. Mas, além das nogueiras, h� ainda lotes que incluem várias �rvores, como o que comporta tr�s cerejeiras, tr�s t�lias e quatro sorveiras, o qual ao fim de 22 anos trar� uma rentabilidade pr�xima dos 13 por cento ao ano se a madeira for da melhor qualidade e tem um investimento inicial de 3.300 euros. O terceiro lote � constitu�do por cinco castanheiros e dois exemplares de outras especies, custa 1.700 euros, tem uma vida de 25 anos e rende nove por cento ao ano no caso de a madeira ser de primeira qualidade. Em n�meros absolutos, quem investir 3.700 euros em nogueiras recebe 40.200 euros ao fim de 20 anos, se optar pelo lote das t�lias, cerejeiras e sorveiras arrecada 48 mil euros 22 anos depois de ter pago 3.300 euros e se escolher os castanheiros para investir auferirá 14.800 euros 25 anos depois de ter gasto 1.700 euros. Para sustentar estes c�lculos de rentabilidade, o respons�vel da empresa espanhola refere o exemplo norte-americano, onde a madeira de nogueira aumentou � média de oito por cento ao ano nas últimas quatro d�cadas. além das especies que produzem madeiras nobres, tanto a empresa-m�e de Albacete como a sua filial portuguesa t�m outra "modalidade" para plantar �rvores, neste caso especies de bosque mediterrúnico, cujos exemplares não são para abater, mas sim para constituir um bosque. Cada exemplar de sobreiro, azinheira, faia, buxo ou pinheiro-manso, entre outras, será acompanhada de dois p�s de tomilho, carrasco, aroreira ou medronheiro, custa 25 euros e absorve 300 quilogramas de di�xido de carbono em 30 a 40 anos. Neste caso, a empresa s� vende um m�nimo de quatro �rvores (100 euros), mas disponibiliza o espaço para a plantação e assegura o acompanhamento das �rvores durante pelo menos 40 anos. Miguel Barros acentua que fazer plantações massivas de �rvores, como as que se realizam em áreas ardidas e depois abandon�-las significa que a grande maioria não vai sobreviver, ao passo que a vigil�ncia e acompanhamento permitem assegurar o adequado desenvolvimento das especies. Em Portugal, disse, estáo a ser desenvolvidos contactos com autarquias, associa��es florestais e empresas, incluindo algumas instituições banc�rias, prevendo-se acordos e a plantação das primeiras �rvores a partir dos próximos tr�s meses. Em Espanha, entre especies de madeira nobre e �rvores de bosque, j� estáo plantados cerca de 65 mil exemplares. Ao todo, a empresa j� adquiriu 700 hectares para plantações. Uma das multinacionais que j� aderiu �s propostas da Madeira Nobres foi a alem� Volkswagen, que por cada exemplar de um determinado modelo com motor h�brido vendido em Espanha manda plantar 17 �rvores de bosque, através das quais pretende anular o efeito das emissões de di�xido de carbono emitidas por cada um desses carros nos primeiros 50 mil quil�metros. Referindo-se ainda � op��o pelas madeiras nobres, em detrimento de outros investimentos, Miguel Barros d� como exemplo um conhecido grupo banc�rio franc�s, que tem 40 por cento dos seus fundos aplicados neste sector, tend�ncia que diz registar-se em todo o mundo, na banca e nos grandes grupos financeiros. A tornar-se uma vulgar forma de investimento financeiro, confirma-se que quem investiu nas petrol�feras que estiveram na origem do aquecimento global vem agora emendar a m�o. E o melhor, para elas e para o planeta, � que essa viragem quase obrigatéria pode ser um grande trav�o no descalabro poluidor e uma forma limpa de garantir mais uma vez a sobreviv�ncia financeira com recurso � natureza, s� que desta vez regenerando-a em vez de a destruir.
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