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– 08-05-2008 |
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Crise alimentar: Produtores dizem que ainda � cedo para se dizer que vai haver colheita excedent�ria de cereaisO presidente da Associa��o Nacional dos Produtores de Milho (ANPROMIS) afirmou ontem que ainda � cedo para afirmar se vai ou não haver colheita excedent�ria de cereais na Europa e uma diminui��o da especula��o no pre�o dos cereais. "não se pode dizer nesta altura (s� a partir de Junho) se vai haver boa colheita de cereais. Percebo que o senhor ministro (da Agricultura) queira descansar as pessoas mas não sabemos ainda se vai haver secas ou trovoadas", disse hoje � Lusa o presidente da associa��o dos Produtores de Milho, Lu�s Vasconcelos e Souza. "Se não houver �gua não se produzem e se cair �gua a mais estraga o gr�o, recordo que o ano passado nesta altura a chuva que caiu no Reino Unido levou a Inglaterra a ficar sem trigo", sustentou Lu�s Vasconcelos e Souza. Segundo o ministro da Agricultura, a especula��o no pre�o dos cereais tende a acabar com o aumento previsto da produ��o na União Europeia, estimando-se obter excedentes de 24 milhões de toneladas este ano. Em declarações � agência Lusa, o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, defendeu teráa-feira que se assiste a uma situa��o de "especula��o, mas Também a um ciclo de pre�o normal no mercado", resultado da combina��o entre a oferta e a procura. Depois do aumento do pre�o dos cereais, que foi menos acentuado na Europa que no mercado internacional, "com a nova colheita que se espera seja excedent�ria, os pre�os dever�o baixar", mas nunca para valores semelhantes ao período de antes de 2005, especificou Jaime Silva. Ap�s em 2007 os stocks de cereais terem estado "próximo do zero", para 2008, a perspectiva � que a situa��o se altere e o excedente atinja as 24 milhões de toneladas. O presidente da Associa��o Nacional dos Produtores de Milho alertou ainda para o facto de "ter aumentado a área cultivada mas em terras marginais (em terras menos produtivas) e por isso Também podem não dar tanto como nas mais produtivas". Por seu lado, o presidente da Associa��o dos Produtores de Cereais, Bernardo Albino, ouvido hoje pela Lusa considerou que a haver uma boa produ��o esta "será uma atenuante, mas não resolve o problema de forma integral". "A nível. mundial o problema (da especula��o) vai-se manter. A questáo está mais ou menos controlada em termos europeus mas em termos mundiais vai continuar a existir com o aumento da procura na China e na �ndia e com os biocombust�veis nos Estados Unidos da Am�rica", sustentou. Para Bernardo Albino, apesar da Europa ser regra geral excedent�ria em cereal "� deficit�ria em oleaginosas (como a soja e o girassol) necess�rias para as ra��es dos animais e estas t�m que ser importadas e por isso deve haver uma pol�tica europeia que permita cultivar variedades de OGM (organismos geneticamente modificados)" diminuindo as importa��es na Europa. "não h� falta de cereais nem h� ruptura no mercado", insiste Jaime Silva, acrescentando que os portugueses consomem cerca de quatro milhões de toneladas de cereais por ano, um n�mero muito inferior, por exemplo, ao excedente de 24 milhões previsto para 2008 na Europa. Embora somente 14 por cento do trigo produzido no mundo passe pelo mercado internacional, "os consumidores estáo a ser afectados pela especula��o" que se regista nesse mercado, defendeu o governante. A Europa não � das regi�es mais atingidas pela crise do mercado internacional dos cereais, mas "as grandes empresas de comercializa��o estáo a aproveitar para aumentar o pre�o [dos produtos] no consumidor", com base nas cota��es actuais, quando a matéria-prima hoje utilizada no fabrico dos alimentos foi comprada a pre�os praticados h� um ano, explica Jaime Silva. E, avan�a que o valor pago pelo trigo mole, utilizado para fazer p�o, atingiu um pico em Janeiro, mas em Março j� caiu porque "em Junho j� vai haver cereal" da nova campanha. Este tipo de trigo custava 122,7 euros a tonelada em 2006 e subiu aos 187 euros em 2007, o que representa um acr�scimo de 53 por cento, especificou o ministro da Agricultura. Na UE, entre Abril de 2007 e o mesmo m�s deste ano, as subidas nos pre�os foram de 37 por cento no trigo, 35 por cento no arroz e 23 por cento no milho, segundo dados citados por Jaime Silva. E, perante a crise dos cereais, a UE avanãou medidas como a aboli��o do pousio para estes produtos, o que levou � possibilidade de produzir mais 16 milhões de toneladas este ano, e a retirada dos direitos de importa��o, ao mesmo tempo que não dava apoios � exportação. Quanto ao argumento de que a utiliza��o de cereais na produ��o de biocombust�veis veio contribuir para o seu encarecimento, Jaime Silva diz que "a UE utiliza menos de dois por cento do total de cereais" para aquele efeito. Portugal importa cerca de 70 por cento dos cereais que consome, principalmente do Reino Unido e da Alemanha, onde as subidas de pre�os foram inferiores ao mercado internacional. Aquela percentagem sobe aos 90 por cento no caso do trigo e � de 60 por cento para o milho. Como salientou � agência Lusa, o secret�rio de Estado adjunto da Agricultura, Lu�s Vieira, "Portugal � um importador de cereais e não tem condi��es para ser autosuficiente". Jaime Silva faz questáo de salientar que a expectativa de aumento da produ��o de cereais em 2008 � justificada Também pela resposta dos agricultores �s condi��es de mercado.
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