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– 07-05-2008 |
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Arroz: Produção no Baixo Mondego s� compensa com subsídios da UEA esperada subida do pre�o do arroz não acompanha o aumento dos pre�os do gas�leo, adubos e pesticidas, garantem os produtores do Baixo Mondego, para quem a produ��o actual s� compensa devido aos subsídios da União Europeia. "H� uma grande especula��o nos pre�os dos factores de produ��o. Os herbicidas e pesticidas t�m sofrido aumentos assustadores todos os meses, sem subsídios os agricultores não fazem arroz", disse � agência Lusa Ism�nio Oliveira, coordenador da Associa��o Portuguesa de Orizicultores (APOR). O respons�vel da APOR, associa��o que congrega 750 produtores, lembra que h� 12 anos a ind�stria pagava o arroz ao produtor a 46 c�ntimos o quilo. Hoje, diz, o lucro dos agricultores, com pre�os de venda entre os 20 a 30 c�ntimos, "apenas d� para viver". "não � lucro de ficarem abastados, quanto mais ricos. estáo a ganhar o mesmo ou menos do que ganhavam h� um ano, o pre�o do arroz vai subir e não são os produtores que v�o ficar melhor, os consumidores � que v�o ficar pior", argumenta. J� Carlos Laranjeira, presidente da Associa��o de Orizicultores de Portugal (AOP), afirma que os subsídios da União Europeia (UE) possuem duas componentes, a agro-ambiental, relacionada com a qualidade do produto, e uma compensa��o pela redu��o do pre�o. "� uma compensa��o pela quebra de rendimento. Se h� 12 anos o arroz se vendia a 46 c�ntimos, hoje seria imposs�vel vend�-lo a 30 c�ntimos se não existisse essa compensa��o", explicou. Nos arrozais de Maiorca, Figueira da Foz, até meados de Maio o tempo � de sementeira. A exemplo de cerca de 2.000 produtores da regi�o do Baixo Mondego, os irm�os Jos� e Avelino Cabete trabalham nos cerca de 60 hectares que ali possuem, uns j� semeados, outros prontos a receberem as sementes. "Enquanto nos derem o subs�dio compensa", afirma Avelino aludindo aos cerca de mil euros que recebe por cada hectare de arroz, área que corresponde a cinco mil quilos. No entanto, a preocupa��o dos agricultores está no custo galopante dos factores de produ��o, como o gas�leo [agr�cola], que "j� custa 91 c�ntimos por litro", ou o adubo, cujo saco de 50 quilos "custa hoje 25 euros quando h� dois anos era 10 euros", um aumento de 150 por cento. "Devia pôr quatro ou cinco sacos, ponho tr�s", revela Avelino Cabete, aludindo � poupan�a que os produtores são obrigados a fazer. No seu caso, a empresa familiar que divide com o irm�o dispensa empregados, e até as m�quinas, quando avariam, são arranjadas pelos pr�prios. "Se queremos ter algum lucro, temos de poupar onde podemos. H� 12 anos ganhava mais, tinha mais rendimentos na altura sem subsídios do que hoje com subsídios, hoje não ponho dinheiro no banco, não consigo", garante. Ali perto, Augusto Pires está aos comandos de uma m�quina a gradar (preparar) o terreno que pertence a uma propriet�ria da zona para quem trabalha. A exemplo dos irm�os Cabete, Augusto afirma que a produ��o de arroz "ainda compensa por causa dos subsídios". No entanto, observa, os adubos e os factores indispens�veis � produ��o "estáo muito caros": "Tudo tem aumentado imenso, as sementes custam 178 escudos [89 c�ntimos] o quilo, em cada hectare somos obrigados a plantar 80 quilos", explica. J� Jos� Maia Carvalho contorna a necessidade da compra de sementes, apostando na produ��o pr�pria: adquire sementes seleccionadas que semeia "para ter sementes para o ano que vem". "Todos os anos compro sementes e de ano para ano são mais caras. Mas ainda compensa", diz. A reportagem da Lusa foi encontrar Jos� Carvalho a marcar o terreno onde planta as sementes, trabalho manual com uma cana a fazer de estaca a cada 12 passos. Para além de produzir sementes, Também produz arroz nos 13 hectares que possui para o efeito: com as duas filhas e a maquinaria apropriada, semeia-o, colhe-o e seca-o. No final da campanha anual, estima o lucro em 2.800 contos [14.000 euros], um valor que não chega aos 1.200 euros mensais.
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