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– 23-04-2008 |
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Vinho: Jornalista americano critica rolhas de rosca e defende as de corti�aO jornalista americano Paul White criticou ontem, em Vila Real, a utiliza��o das rolhas de rosca (screw cap) no engarrafamento dos vinhos, defendendo a tradicional rolha de corti�a para a manuten��o da qualidade deste produto. Paul White foi um dos oradores do "Infowine F�rum", congresso organizado pela Vinideias e que decorre entre ontem e quarta-feira, em Vila Real, contando com a participa��o de cerca 400 pessoas, onde se destacam alguns especialistas mundiais em Viticultura e Enologia. O jornalista � americano, editor e cr�tico de vinhos, reside actualmente na Nova Zel�ndia, colabora com algumas das mais prestigiadas publica��es internacionais e pertence ao j�ri de prova de concursos mundiais como o "Concours Mondial de Bruxelles" ou o "London’s International Wine Challengue". O tema abordado pelo americano, "o efeito anti-terroir da baixa permeabilidade da ‘screw cap’ em vinho, suscita grande controv�rsia desde h� alguns anos, quando a introdu��o destas rolhas de rosca, na Austr�lia e Nova Zel�ndia, entraram em competi��o com as rolhas de corti�a. Desde a sua introdu��o no final dos anos 90, os vinhos engarrafados com ‘screw cap’ aumentaram em cerca de 90 por cento na produ��o da Nova Zel�ndia e 70 por cento na Austr�lia. Paul White foi bastante cr�tico � utiliza��o da rolha de rosca, salientando o impacto dos fen�menos de redu��o provocados por este vedante no p�s-engarrafamento, em condi��es pr�ximas da anaerobiose (relacionada com a ocorr�ncia de reac��es qu�micas na aus�ncia de oxig�nio que desenvolvem aromas estranhos nos vinhos). Referiu que, naqueles países, para tornar os vinhos seguros para o engarrafamento com rolhas de rosca, colocou-se uma "enorme confian�a" no sulfato de cobre como tratamento preventivo antes do engarramento e como tratamento curativo no p�s-engarrafamento. O jornalista salientou ainda que um ‘pinot noir’, origin�rio da Nova Zel�ndia e vedado com ‘screw cap’, foi recentemente rejeitado pela União Europeia por causa de um teor de sulfato de cobre de 2.6 miligramas por litro, "corroborando as suspeitas de que n�veis ilegais de res�duos são regra, em vez de excep��o". Na Europa, o máximo permitido � de um miligrama por litro. Paul White considera que o vedante sint�tico altera o vinho, não preservando a "sua alma nem as suas caracterásticas gen�ticas". Para o en�logo M�rio Andrade, os n�veis excessivos de cobre encontrados no vinho neozeland�s, estáo relacionados com "m�s pr�ticas enol�gicas". O en�logo, que trabalha nas regi�es do Ribatejo, Alentejo e Algarve, referiu que uma empresa italiana está a desenvolver um ‘screw cap’ que permite uma "maior permeabilidade do oxig�nio", que poder� inibir os problemas de redu��o que provocam os odores estranhos nos vinhos. M�rio Andrade diz que a t�nica principal a colocar nesta questáo � "qual � o melhor vedante que podemos utilizar nos diferentes vinhos". O especialista está a utilizar nos seus vinhos topo de gama, para envelhecer a muitos anos, rolhas de corti�a natural. "não estou satisfeito com nenhum dos estudos até agora em termos de vedantes alternativos, pelo que optei por uma rolha de corti�a natural", salientou � Lusa. J� para os vinhos tintos, que consomem mais oxig�nio, são de gama média e duram cerca de dois a tr�s anos, elegeu as rolhas t�cnicas, as quais salienta que não levantam problemas de TCA (gosto da rolha) e que permitem uma boa veda��o e permeabilidade do oxig�nio. "Em vinhos brancos e ros�s, para consumo de um ano ou dois anos e de maneira a conservar a frescura, estou a utilizar ‘screw cap’", salientou. Para utilizar a rolha de rosca, M�rio Andrade diz que teve que mudar as "pr�ticas enol�gicas". "A principal mudan�a está a nível. dos antioxidantes. não posso proteger tanto o vinho da oxida��o", explicou. O en�logo aderiu � ‘screw cap’ h� tr�s anos, sendo o vedante utilizado numa empresa ribatejana que j� exporta 80 por cento da produ��o A enol�ga B�rbara Sistelo, que conjuntamente com a engenheira agr�cola Leonor Santos, organizou o "Infowine For�m", referiu que lhe custa a imaginar "os vinhos de topo do Douro com uma rolha que não seja de corti�a". No entanto, se o mercado exigir uma solu��o alternativa diz que aceita outro tipo de vedantes. "No futuro, vai haver uma grande mudan�a tanto a nível. de vedantes como da embalagem em si. Eu acho que os novos consumidores são abertos a modas e mudan�as, precisam de ser alimentados com novos produtos. Vai acontecer a nível. de bebidas e no vinho isso não � excep��o", salientou B�rbara Sistelo considerou "surpreendente" a visão de Paul White sobre esta matéria, j� que, segundo frisou, trata-se de alguém que vem directamente do Novo Mundo e que demonstra ser "anti ‘screw cap’ e pr� corti�a". Quanto ao congresso, a respons�vel referiu que se tenta fazer, nestes dois dias, "o encontro entre a investiga��o e as fileiras da produ��o e da comercializa��o". No teatro de Vila Real, foi montada uma zona de ‘stands’ onde se está a promover uma bolsa de contactos entre as empresas do sector, e onde estáo Também os representantes em Portugal de vinhos estrangeiros que estáo no top de vendas a nível. internacional. O objectivo fundamental da Vinideas, sediada no ninho de empresas de Vila Real, � "divulgar junto dos t�cnicos e empresas do sector, a investiga��o que � feita nas universidades". A Vinideas está ligada ao grupo internacional Vinideanet, que publica uma revista de Viticultura e Enologia, difundida através da Internet (infowine.com), que tem desenvolvido várias ac��es de informação/forma��o para o sector.
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