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– 19-09-2007 |
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INE: Ano vit�cola marcado por problemas fitossanit�rios e quebras de rendimentoAs previs�es agr�colas, em 31 de Agosto, apontam para um ano vit�cola marcado por intensos problemas fitossanit�rios e quebras nos rendimentos. Na fruticultura, apesar da diminui��o generalizada da produtividade dos pomares, existem boas perspectivas para a comercializa��o da pôra rocha. A campanha das culturas de Primavera/Ver�o decorre com relativa normalidade, embora se registem atrasos na matura��o.
A primeira d�cada do m�s de Agosto caracterizou-se por tempo quente, com temperaturas acima da normal. Em meados do m�s ocorreu um ligeiro arrefecimento, com alguns dias de c�u muito nublado acompanhados de aguaceiros, que nalguns locais foram de granizo e trovoada. O ano agr�cola 2006/07 tem sido fortemente marcado por graves problemas fitossanit�rios, com especial destaque para os intensos ataques de m�ldio, o�dio e podrid�es nas vinhas, batatais, tomate para a ind�stria e hort�colas, enquanto que nas fruteiras o destaque vai para a carepa (acidente fisiol�gico) e stenfiliose (doen�a das manchas castanhas) nos pomares de pereiras. Esta situa��o obrigou ao aumento dos tratamentos fitossanit�rios e � consequente subida dos encargos, com reflexo negativo no rendimento das culturas. Primeiras colheitas de milho revelam boas perspectivas As condi��es climatéricas ocorridas ao longo do ciclo vegetativo das culturas de Primavera/Ver�o, designadamente do milho e do arroz, condicionaram o seu desenvolvimento provocando atrasos, nalguns casos significativos, que faziam prever quebras nas respectivas produtividades. No entanto, as primeiras colheitas de milho revelaram-se animadoras. O gr�o apresenta uma qualidade razo�vel, nomeadamente em termos de peso espec�fico, pelo que se prev�em aumentos de produtividades na ordem dos 10% para o milho de regadio e dos 5% para o de sequeiro. Pelo contrário, as actuais previs�es para a cultura do arroz continuam, em consequ�ncia do Ver�o muito ameno e do menor n�mero de horas de sol, a apontar para um ligeiro decréscimo dos rendimentos unit�rios (-5%). Leguminosas secas, feij�o e gr�o-de-bico com produtividades normais As leguminosas secas, feij�o e gr�o-de-bico não se ressentiram das condi��es climatéricas, pelo que se prev� a manuten��o das respectivas produtividades, face ao ano anterior. Manuten��o das produtividades do tomate para ind�stria No tomate para ind�stria as excelentes perspectivas iniciais, resultado da abundante flora��o e do bom vingamento dos frutos, foram refreadas pelos ataques de m�ldio, prevendo-se assim a manuten��o da produtividade, face � campanha anterior. Ind�stria de produ��o de biodiesel utiliza girassol nacional A União Europeia aprovou uma Directiva (2003/30/CE, de 8 de Maio) para promover a utiliza��o de biocombust�veis nos transportes, impondo a cada Estado Membro a integra��o de 5,75% de biocombust�veis nos combust�veis autom�veis f�sseis convencionais em 2010, 8% em 2015 e 20% em 2020. O Governo portugu�s aumentou esta fasquia para 10%, j� em 2010. Paralelamente, foi Também aprovada outra Directiva (2003/96/CE, de 27 de Outubro) que permite aos Estados Membros estabelecer isen��es e redu��es fiscais nos biocombust�veis. Neste sentido foram seleccionadas, numa primeira fase, seis empresas produtoras de biocombust�veis que iráo beneficiar da isen��o de imposto sobre produtos petrol�feros (ISP) em 2007, ficando respons�veis pela produ��o de 205 mil toneladas biocombust�veis. Os biocombust�veis mais comuns são o biodiesel produzido a partir de oleaginosas (girassol, soja, colza, palma) e o bioetanol produzido a partir de cereais (milho, trigo), beterraba sacarina e biomassa florestal. Portugal, � semelhan�a de outros países, iniciou a produ��o de biocombust�veis pelo biodiesel, produzido a partir de oleaginosas, matéria-prima para a qual o contributo da agricultura portuguesa continua a ser tradicionalmente reduzida. Apesar de nem todas as operadoras terem apostado na produ��o de girassol nacional, a área contratualizada com os agricultores excedeu os 16 mil hectares, o que representa ainda assim, previsivelmente, menos de 10% da matéria-prima da ind�stria dos biocombust�veis. O acompanhamento t�cnico efectuado pelas operadoras junto dos produtores de girassol permitiu um acr�scimo significativo de produtividade, devendo situar-se pr�xima dos 1 000 kg/ha. Numa segunda fase, com a isen��o do ISP para o bioetanol, o contributo da matéria-prima nacional poder� ser substancialmente superior, com reflexos positivos na dinamiza��o da actividade agr�cola. Quebra generalizada da produtividade dos pomares A produtividade de pôra dever�, devido � diminui��o do calibre em consequ�ncia da falta de horas de calor, registar uma quebra de 15%, em rela��o � campanha anterior. A qualidade foi prejudicada pelos ataques de stenfiliose, mas principalmente devido � carepa, importante problema fisiol�gico que desvaloriza os frutos pela redu��o do tamanho, aspecto e deforma��o, embora melhore algumas caracterásticas que o mercado não aproveita, como a firmeza da polpa, acidez, teores de a��car e aromas. No entanto, a previsão de quebra na produ��o europeia faz antever, ainda assim, boas perspectivas para o mercado internacional da pôra rocha. A queda localizada de granizo, em algumas áreas de produ��o de ma��, agravou a previsão de quebra no rendimento unit�rio, prevendo-se um decréscimo na ordem dos 20%, face � colheita passada. Os pomares de kiwis apresentam grande heterogeneidade embora, de um modo geral, os frutos exibam calibres pequenos. Nos amendoais a ocorr�ncia de geadas tardias, intensa precipita��o e granizo nalgumas zonas de produ��o, determinaram uma quebra de produtividade (-10%). Rendimento da uva para vinho cai 20% Na vinha para vinho a ocorr�ncia de varia��es t�rmicas e muita humidade proporcionaram as condi��es favor�veis ao aparecimento e prolifera��o de doen�as criptog�micas, m�ldio e o�dio, e acidentes fisiol�gicos, designadamente o desavinho (as flores não originam frutos) e, embora com menor incid�ncia, a bagoinha (no mesmo cacho aparecem, além de bagos normais, outros de dimens�es reduzidas, por vezes sem grainha e sem atingirem a matura��o). Desta forma, as perspectivas para a viticultura não são animadoras, prevendo-se por um lado, uma quebra na produtividade da uva para vinho na ordem dos 20%, que em algumas regi�es dever� ser pr�xima dos 50% e, por outro, um aumento dos encargos resultantes dos in�meros tratamentos fitossanit�rios efectuados no combate ao m�ldio e o�dio. Batata: bons calibres determinam aumento de produtividade A colheita da batata tem decorrido com normalidade e encontra-se praticamente conclu�da prevendo-se, em virtude dos bons calibres, um aumento de produtividade de 5%. As intensas chuvas de Junho e Julho provocaram fortes ataques de m�ldio o que, para além de prejudicar a qualidade da batata, poder� vir a colocar alguns problemas de p�s-colheita, nomeadamente dificuldades de conserva��o e armazenamento dos tub�rculos. Produção de laranja quebra 15% A colheita da laranja no Algarve, principal regi�o produtora, � efectuada de forma escalonada podendo no entanto distinguir-se 3 �pocas: de Novembro a Março colhem-se as variedades tradicionais (New Hall, Dalmau e Baia), de Março a Maio colhem-se as variedades Lane Late, Rhodes e Barnfield, muito apreciadas pelo mercado devido �s suas caracterásticas (doces de casca fina e pouco manchadas), mas ainda pouco representativas, embora com muitos pomares novos; finalmente de Maio a Setembro � efectuada a colheita da Valencia Late e D. Jo�o. De um modo geral, a produ��o de laranja em 2006/07 dever� registar uma quebra na ordem dos 15%, para a qual contribu�ram os elevados teores de humidade durante a flora��o, que originaram uma queda anormal de flor. Também o stress e o consequente enfraquecimento das laranjeiras, resultado das dificuldades de escoamento ocorridas na campanha anterior e que obrigaram � prolongada perman�ncia das laranjas nas �rvores, contribu�ram para o mau vingamento do fruto. De referir ainda que as variedades de Inverno (New Hall, Dalmau e Baia) apresentavam colora��o verde, tendo sido necess�rio recorrer ao processo de "desverdiza��o". Nas variedades de Ver�o os preju�zos causados pela mosca-do-mediterr�neo foram significativos nalguns pomares. Quebra na produ��o de p�ssego e manuten��o na uva de mesa A produ��o de p�ssego em 2007 não dever� ultrapassar as 45 mil toneladas, o que reflecte um decréscimo de 10%, face ao ano anterior. A produ��o de uva de mesa não foi afectada, apesar das condi��es não terem sido particularmente favor�veis, , prevendo-se a manuten��o do rendimento unit�rio, face � vindima anterior. Climatologia em Agosto de 2007 Segundo o Instituto de Meteorologia, o conte�do de �gua no solo, no final do m�s de Agosto, apresentava valores inferiores aos normais para a �poca.
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