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– 20-07-2007 |
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Obras de consolida��o do talude da Barragem do Roxo arrancam em 2008As obras de consolida��o do talude da Barragem do Roxo, que abastece Beja e Aljustrel e rega 5.040 hectares, dever�o arrancar em 2008 para aumentar a capacidade de armazenamento da albufeira para receber �gua de Alqueva. "Ap�s a pr�xima campanha de rega, a partir de Agosto ou Setembro de 2008, vamos dar in�cio a uma obra esperada h� 17 anos", anunciou hoje, em Aljustrel (Beja), o secret�rio de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Rui Nobre Gon�alves. De acordo com o governante, a consolida��o do talude da margem esquerda da barragem, entre a torre de capta��o de �gua para abastecimento público e o pared�o, vai permitir � albufeira atingir a sua capacidade m�xima de armazenamento de �gua. Actualmente, devido �s condi��es do talude, a Barragem do Roxo s� pode armazenar até 46 milhões de metros c�bicos de �gua, ao inv�s dos 96 milhões da sua capacidade m�xima total. Com a consolida��o do talude, garantiu Rui Nobre Gon�alves, a Barragem do Roxo "vai estar integralmente capaz, do ponto de vista t�cnico, para come�ar, a partir de 2009, a receber a �gua adicional que vai chegar de Alqueva". Desta forma, garantiu, vai ser poss�vel "conciliar melhor" as necessidades de �gua para o abastecimento público aos concelhos de Aljustrel e Beja e de rega do per�metro do Roxo, que abrange 5.040 hectares, distribu�dos pelos concelhos de Aljustrel e Ferreira do Alentejo (Beja) e Santiago do Cac�m (Set�bal). "não será preciso esvaziar completamente a barragem", salientou, lembrando que "esta tem sido, h� 17 anos, uma das desculpas para não se fazer a obra". Or�ada em 250 mil euros, a obra, que dever� durar entre quatro a seis meses, explicou Rui Nobre Gon�alves, "vai implicar a gestáo do volume de �gua armazenado na barragem", admitindo a possibilidade de redu��o do caudal da albufeira. No entanto, frisou, v�o ficar garantidos os 25 milhões de metros c�bicos de �gua que correspondem � necessidade m�nima interanual para o abastecimento público. "Vamos tentar que a obra seja feita com o m�nimo de inconvenientes para os agricultores, por isso s� vai ser feita depois da pr�xima campanha de rega, e para que seja devidamente acautelado o impacto ambiental", salientou. Neste cap�tulo e em caso de necessidade de redu��o do volume de �gua da barragem, explicou Rui Nobre Gon�alves, "o projecto prev� uma opera��o progressiva para retirar peixes". Rui Nobre Gon�alves falava aos jornalistas no pared�o da Barragem do Roxo, no final de uma visita ao concelho de Aljustrel, para ver o resultado das obras de reabilita��o do Bloco I do Aproveitamento Hidroagr�cola do Roxo, que "alimenta" cerca de 1.700 hectares e beneficia 191 regantes. As obras, or�adas em quase 13,3 milhões de euros, visaram a reconversão dos sistemas de rega por gravidade em rega sob pressão, "permitindo uma utiliza��o mais eficaz da �gua e garantindo uma distribui��o permanente e controlada". O secret�rio de Estado visitou Também tr�s explora��es que apostam em culturas como o olival, amendoal, tomate e milho, a partir das condi��es tecnol�gicas do sistema de rega disponibilizado pelo Aproveitamento Agr�cola do Roxo. Por seu lado, em declarações � agência Lusa, o dirigente da Associa��o de Benefici�rios do Roxo (ABR), Silvino Espada, apesar de se mostrar "satisfeito" com o an�ncio das obras de consolida��o do talude da barragem e com a reabilita��o do aproveitamento hidroagr�cola, lembrou que "ainda h� agricultores em situa��es dif�ceis devido �s secas", que afectaram o per�metro de rega do Roxo nos �ltimos dois anos agr�colas. além da seca meteorol�gica, que afectou todo o país em 2005 e com especial �nfase no Alentejo, o per�metro de rega do Roxo enfrentou ainda a seca hidrol�gica, j� que os agricultores não puderam retirar �gua da barragem para regar, em 2005 e 2006. "Muitos dos cerca de 700 agricultores associados ainda enfrentam dificuldades", lamentou, explicando que se trata "sobretudo, de pequenos agricultores que vivem exclusivamente da agricultura e que gastaram tudo o que tinham na terra, que não lhes devolveu nada nos �ltimos dois anos agr�colas". De acordo com o dirigente associativo, devido � seca e �s restrições do uso da �gua da Barragem do Roxo para fins agr�colas, a maior parte dos agricultores da regi�o "não fez culturas de regadio e as culturas de sequeiro não vingaram". Actualmente, regozijou-se, "a Barragem do Roxo, que j� recuperou o seu volume normal, permite aos agricultores arrancar com culturas de regadio". No entanto, "a maior parte dos agricultores ainda está financeiramente debilitada e sem capacidade para investir", lamentou Silvino Espada. Apesar de reconhecer o "esfor�o" do governo para minimizar os efeitos da seca, Silvino Espada defendeu que o Executivo de Jos� S�crates "devia fazer um levantamento da realidade desta regi�o e tomar medidas de excep��o". Confrontado com esta situa��o pelos jornalistas, Rui Nobre Gon�alves defendeu que, "mais do que dar subsídios parcelares, importa criar condi��es de sustentabilidade a prazo para a agricultura, que passam por garantir a �gua no per�metro do Roxo e criar dimens�es de propriedade que sejam rent�veis". "� com estas medidas que vamos ajudar os agricultores a diversificar as suas culturas e viabilizar os seus investimentos", disse, adiantando que o Ministério da Agricultura "está a estudar novas formas de emparcelamento, que v�o permitir aos agricultores reordenar as suas propriedades para conseguirem dar uma maior viabilidade econ�mica �s suas explora��es".
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