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– 19-12-2007 |
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INE: Rendimento da actividade agr�cola dever� diminuir 5,8% em 2007De acordo com a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2007, estima-se que o Rendimento da Actividade Agr�cola em Portugal apresente um decréscimo de 5,8%1 relativamente a 2006. O ano agr�cola de 2006/2007 caracterizou-se por um quadro meteorol�gico desfavor�vel, que prejudicou as sementeiras e o desenvolvimento da maioria das culturas, nomeadamente cereais, pomares, azeitona e vinho. Estima-se que o rendimento associado � utiliza��o de uma Unidade de Trabalho Ano (UTA) em 2007 seja, em termos reais, cerca de 5,8% inferior ao de 2006. Como deflator utilizou-se a previsão do �ndice de pre�os impl�cito no PIB nacional para 2007, divulgada pelo Eurostat (2,89%). O Volume de M�o-de-obra Agr�cola (VMOA) dever� decrescer 3,7% e o Rendimento de Factores 6,7%. Este comportamento do Rendimento de Factores resulta das evolu��es nominais da produ��o e consumo interm�dio (-2,7% e +3,7%, respectivamente), que originaram um decréscimo de 12,3% no Valor Acrescentado Bruto (VAB).
PRODU��O VEGETAL
Em 2007, prev�-se que a Produção Vegetal registe um decréscimo de 4,0%, destacando-se as quebras nominais nas Plantas industriais (-11,0%), Vinho (-16,0%) e Frutos (-10,0%). Em volume, a Produção Vegetal dever� decrescer 7,4%, estimando-se um aumento dos pre�os de base (+3,7%). O quadro meteorol�gico de 2007 provocou problemas nas sementeiras e propiciou o aparecimento de problemas fitossanit�rios. O terceiro ano de vig�ncia Regime do Pagamento único (RPU), com o progressivo desligamento da produ��o dos regimes de apoio � agricultura, continuou a determinar o decréscimo das áreas de algumas arvenses e dos subsídios directos � produ��o (com consequ�ncias directas nos pre�os de base). Em 2007, os cereais caracterizaram-se por uma quebra de produtividade causada pelas condi��es climatéricas, com redu��es de produ��o generalizadas nos Cereais de Outono-Inverno. O milho e arroz (Cereais de Primavera-Ver�o) não foram afectados. Os Cereais destacam-se, no entanto, como o grupo onde se observou o maior acr�scimo de pre�os base (+33,5%). Este aumento prende-se com a escassez de oferta nos mercados internacionais, explic�vel pelas calamidades naturais verificadas em alguns dos grandes produtores e, fundamentalmente, pelo desvio de stocks de cereais para a produ��o de biocombust�veis. A produ��o de uva para vinho foi fortemente afectada pelas condi��es meteorol�gicas adversas, sendo esperada uma quebra de volume pronunciada (-16,9%) na produ��o de vinho. Por�m, o tempo seco permitiu a realiza��o de vindimas em boas condi��es, esperando-se um mosto de boa qualidade e elevada gradua��o alco�lica, pelo que o pre�o do vinho dever� registar um aumento de 1,2%. PRODU��O ANIMAL Estima-se que a Produção Animal registe um decréscimo de 1,1% em valor, com quebras nos Bovinos e Su�nos de 17,7% e de 4,8%, respectivamente. Perspectiva-se uma recupera��o do valor da produ��o de Aves de Capoeira (+17,7%). A produ��o de Leite dever� registar um aumento nominal de 3,3%. No geral, o volume da produ��o animal dever� estabilizar, enquanto que os pre�os de base dever�o diminuir 1,1%. 2007 caracterizou-se por instabilidade no mercado da carne, em virtude da subida significativa dos pre�os dos alimentos para animais. A redu��o prevista para o volume da produ��o de Bovinos (-19,6%) � explicada pela menor disponibilidade de animais para abate, ainda resultante da seca de 2005 (que provocou redu��o dos nascimentos na Primavera de 2006), das exporta��es de bovinos para Espanha e restrições aos movimentos de animais devidas � l�ngua azul. A Gripe das Aves gerou, em 2006, uma conjuntura de acentuada diminui��o no consumo, com implica��es directas no volume de produ��o de Aves, obrigando o sector a tomar medidas para equilibrar o mercado, através da redu��o da oferta. Em 2007 assistiu-se a uma recupera��o, em volume (+11,2%) e pre�o (+5,8%). Prev�-se que a produ��o de Su�nos apresente um aumento em volume de 7,5%. No entanto, os pre�os dever�o registar um decréscimo de -11,4%. Para esta evolu��o contribu�ram, especialmente, a redu��o de consumo em alguns mercados e a concorr�ncia dos produtores americanos na exportação para os países de Leste, em virtude da deprecia��o do d�lar face ao euro, que conduziu a um aumento dos stocks de carne congelada na Europa. A quebra prevista para o volume de leite (-1,7%) reflecte a actual tend�ncia observada na UE, com o desligamento das ajudas � produ��o, a transfer�ncia de produtores para os biocombust�veis e aumento dos custos de produ��o. Em Portugal, verifica-se ainda uma desacelera��o produtiva, em virtude da ultrapassagem da quota leiteira, na campanha 2005-2006. O acr�scimo de pre�os (+5,1%) prende-se com uma maior procura por parte da ind�stria. CONSUMO INTERM�DIO Estima-se que o Consumo Interm�dio aumente 3,7%, em valor, em 2007. Este acr�scimo foi determinado pela evolu��o dos pre�os (+6,0%), uma vez que se perspectiva um decréscimo de 2,1% no volume. As principais raz�es que explicam este comportamento são o aumento dos combust�veis (provocado pela cont�nua instabilidade no mercado petrol�fero) e, fundamentalmente, as perturba��es sentidas na alimenta��o animal. Contrariamente ao que sucedeu nos �ltimos anos, a energia não foi a rubrica com aumentos de pre�os mais pronunciados, mas os Alimentos para Animais, principal rubrica do consumo interm�dio da agricultura portuguesa. Efectivamente, estima-se que o valor desta rubrica aumente 18,0%, em resultado de um aumento de 4,8% em volume e 12,5% em pre�o. Em 2007 a estrutura do consumo interm�dio dever� alterar-se significativamente, estimando-se que as despesas com os alimentos para animais aumentem 5 p.p.. A evolu��o em volume da alimenta��o animal deve-se, essencialmente, ao impulso da avicultura (em recupera��o face � crise aviaria de 2006) e ao facto de muitos animais serem retidos nas explora��es, devido � l�ngua azul e � expectativa, por parte dos produtores, de aumento de pre�os na produ��o. A evolu��o do pre�o � consequ�ncia directa dos elevados custos das matérias-primas ao longo de 2007 (50% a 60% para os cereais, 40% para a soja), decorrentes da redu��o da oferta mundial de cereais e do aumento da procura, para alimenta��o, ao nível. das economias emergentes (BRICs) e para biocombust�veis, por parte dos EUA e UE. Adicionalmente, a ind�stria de alimentos compostos para animais foi condicionada pelas proibi��es de importa��o de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) na UE, que impedem a importa��o de produtos substitutos dos cereais, dificultando a diversifica��o das fontes de aprovisionamento, de modo a assegurar pre�os mais reduzidos.
subsídios Estima-se que, entre 2006 e 2007, o total de subsídios pagos aos agricultores aumente 4,7%. Em termos estruturais, em virtude do RPU (e de acordo com os conceitos de Contabilidade Nacional), continua a observar-se a uma transi��o progressiva dos montantes registados em �subsídios aos produtos� para �Outros subsídios � produ��o� (em 2007 os �ltimos passaram a representar 81% do total de subsídios � agricultura, em oposi��o aos 63% observados em 2006). � expect�vel que o valor de �subsídios aos produtos� des�a 46,0%. As maiores redu��es relativas dever�o ocorrer nos Cereais, Tabaco, Azeitona, isto �, culturas abrangidas pelo RPU. Em contrapartida, o tomate para ind�stria, frutos secos e tropicais dever�o registar aumentos. Na produ��o animal prev�em-se decréscimos das ajudas � produ��o de Bovinos (-19,3%), Ovinos e Caprinos (-92,3%) e Leite (-60,4%), em virtude do RPU. Relativamente aos �Outros subsídios � produ��o�, espera-se um acr�scimo de 34,0% explicado, essencialmente, pelo aumento de 214% previsto para RPU.
Em rela��o �s restantes rubricas do Rendimento Agr�cola, destaca-se a estabiliza��o nas Rendas a pagar (-0,7%), associada � compensa��o no decl�nio na área de algumas arvenses pelo aumento das áreas de arroz, tomate e girassol (em virtude da contractualiza��o para biocombust�veis) e o aumento dos Juros (+18,9%), provocado pelo maior volume de cr�dito concedido, uma vez que a taxa de juro se manteve igual � de 2006.
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