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– 07-12-2007 |
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Altera��es clim�ticas: 30% da superf�cie terrestre será afectada por seca extrema em 2090Cerca de 30 por cento da superf�cie terrestre poder� ser afectada por seca extrema em 2090, de acordo com dados de um relatério da ONG Oxfam sobre os efeitos do aquecimento global em �frica. O relatério "�frica: com �gua até ao pesco�o?", apoiando-se nos modelos de investiga��o do Hadley Centre for Climate Prediction and Investigation, do Reino Unido, e usando dados de 2006, refere que a percentagem da superf�cie terrestre afectada por seca extrema passou de um para tr�s por cento em menos de uma d�cada no in�cio deste s�culo, prevendo ainda que os n�meros aumentem para oito por cento até 2020 e para cerca de 30 por cento em 2090. Em 2090, metade da superf�cie da Terra será afectada por seca moderada, severa ou extrema, prevendo-se Também que os períodos de seca aumentem a sua dura��o, ainda segundo o mesmo documento, a que a Lusa teve acesso, que foi divulgado em Londres h� 15 dias e será apresentado em Espanha na pr�xima semana. A Europa, Am�rica do Norte, Rússia, �sia Central, Norte e Sul de �frica, Amaz�nia e Am�rica Central são algumas das regi�es do globo referidas no relatério que sentiráo os efeitos da seca em áreas de cultivo de cereais. Por outro lado, as regi�es do centro e Este do continente africano, assim como as regi�es costeiras da �frica Ocidental, a China e �sia Oriental são alguns dos pontos que se tornar�o mais h�midos. Quanto ao aumento da temperatura média do planeta, o relatério refere que o continente africano está hoje 0,5�C mais quente que h� cem anos atr�s, o que provoca uma pressão acrescida sobre os recursos h�dricos. Todos estes factos fazem prever que em meados deste s�culo o mundo se veja confrontado com a realidade dos refugiados ambientais. O relatério considera que �frica � "provavelmente o continente mais vulner�vel aos efeitos negativos das altera��es clim�ticas", devido a factores como a pobreza, conflitos, doen�as, os problemas governamentais, a d�vida aos países ricos, entre outros. Em 2001, o Painel Intergovernamental sobre Altera��es Clim�ticas da ONU apontou as seis raz�es que considerou fazerem de �frica um continente particularmente vulner�vel: os conflitos com origem na gestáo partilhada dos recursos h�dricos; a amea�a � segurança alimentar devido � quebra na popula��o agr�cola; o risco a que a produtividade com base em recursos naturais e a biodiversidade estáo sujeitas; doen�as decorrentes de infra-estruturas sanit�rias deficientes; as zonas costeiras vulner�veis � subida do nível. da �gua do mar; e o aumento da desertifica��o devido a chuvas irregulares e ao uso intensivo dos solos. Promover a agricultura sustent�vel dever� Também tornar-se uma prioridade para �frica, uma vez que as estimativas apontam para uma redu��o em 10 por cento nas colheitas, em consequ�ncia das altera��es clim�ticas. No Sud�o, por exemplo, estima-se que o milho tenha quebras na produ��o até 76 por cento, e o sorgo, uma planta usada para produzir farinha, poder� sofrer quebras até 82 por cento. Em �frica, 70 por cento da popula��o activa depende da agricultura como meio de subsist�ncia, uma actividade que contribui para 40 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do continente. A ajuda ao desenvolvimento direccionada para a produ��o agr�cola na �frica subsahariana baixou de 1.700 milhões de d�lares para 975 milhões de d�lares entre 1990-92 e 2000-02, valores que desde ent�o apresentam uma ligeira recupera��o. As chuvas inst�veis e os seus efeitos negativos para as colheitas são respons�veis pelo agravamento dos casos de subnutri��o, o que acelera os efeitos negativos das doen�as. Estima-se que no final do s�culo na �frica subsahariana possam vir a morrer 182 milhões de pessoas em consequ�ncia de doen�as associadas �s altera��es clim�ticas. A Oxfam recomenda ainda � comunidade internacional que adopte "medidas urgentes" que permitam combater "a amea�a das altera��es clim�ticas ao desenvolvimento humano em �frica". Limitar as emissões de gases com efeitos de estufa dos países ricos; alargar o Protocolo de Quioto com o objectivo de refor�ar os esfor�os internacionais depois de 2012; apoiar a adapta��o �s altera��es clim�ticas, um processo com custos gerais estimados entre os 10.000 milhões e os 40.000 milhões de d�lares por ano, dar poder �s comunidades pobres para que sejam parte da solu��o no combate �s altera��es clim�ticas e combater a pobreza são as principais recomenda��es apresentadas no relatério.
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