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– 10-12-2003 |
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Cabo Verde : Vinho do Fogo, um dos maiores sucessos da agricultura do paísCidade da Praia, 10 Dez De ano para ano cresce a área cultivada de vinha nas zonas elevadas, entre 1.600 e 2.000 metros de altitude, nas imedia��es do sop� do vulc�o, mas cada vez o mais apreciado elixir não chega para as encomendas. A nível. nacional a procura tem aumentado, mas a oferta do apreciado vinho limita-se quase �s cidades e ilhas mais populosas, ou de voca��o tur�stica, como sãos os casos da capital do país, Cidade da Praia, S. Vicente e Sal. Os mercados estrangeiros, especialmente os da di�spora cabo- verdiana, nomeadamente dos EUA, não t�m obtido resposta aos pedidos, porque a produ��o se esgota internamente. A adega da Associa��o dos Agricultores de Ch� das Caldeiras Também j� se revela incapaz de acolher as uvas de todos os interessados, cuja cultura se tornou atraente pelos bons resultados econ�micos conseguidos. Este ano a adega teve de recusar uma boa parte da uva dos vitivinicultores, por falta de instala��es e de equipamentos de armazenamento, e chegou a baixar ligeiramente o nível. da produ��o conseguida no ano anterior, por se encontrarem inoperacionais alguns barris. "T�nhamos uva para produzir 50 mil litros de vinho, mas produzimos apenas 26.500, quando no ano de 2002 atingimos os 32.500 litros", revelou � Agência Lusa o presidente da associa��o, David Gomes Monteiro, Também conhecido por "Nho Neves". Em 2002, havia a expectativa de se conseguir um financiamento da União Europeia para ampliar a adega e adquirir novos equipamentos, mas ainda continua � espera de aprova��o, prevendo-se que para a colheita de 2004 a remodela��o do espaço j� esteja concretizada. A amplia��o da adega compreende a constru��o de uma cave de armazenamento, a reorganiza��o das actuais instala��es, e a aquisi��o de novos equipamentos de tratamento e conserva��o do vinho. Segundo David Gomes Monteiro, a par da remodela��o da adega de Ch� das Caldeiras, mesmo no sop� do vulc�o da ilha do Fogo, será constru�da uma nova adega em Achada Grande, onde, em tempos, j� existiram instala��es com essa finalidade. "O mercado � que fica a perder com a falta de instala��es e equipamentos, porque a produ��o de 2002 j� está praticamente toda esgotada", salientou o respons�vel. A solu��o � os pr�prios agricultores fazerem o vinho em casa, e comercializ�-lo eles pr�prios, mas, mesmo assim, não conseguem transformar toda a produ��o, tendo de recorrer � sua venda como uva de mesa, com quebra de rendimentos. O vinho branco � o mais apreciado, e a adega da Associa��o dos Agricultores de Ch� das Caldeiras tem vindo a refor�ar a sua produ��o. O vinho tinto, produzido a partir da denominada "casta tradicional preta", carece de envelhecimento para apurar as suas qualidades, e os meios dispon�veis não permitem esse "luxo". Na colheita de 2003, a adega produziu cerca de 5 mil litros de vinho tinto, 1.500 litros de ros�, e cerca de 20 mil de branco. Para dar continuidade � expansão da produ��o, e renova��o das plantas, a associa��o criou este ano um campo de demonstra��o de nove castas vin�colas, provenientes de It�lia. Todos os anos os terrenos com aptid�o para a vinha na ilha do Fogo recebem novas plantas, reconvertendo a cultura tradicional dos solos, porque o vinho se tornou num produto de bom rendimento. A associa��o distribuiu este ano para plantio 4 mil plantas, e s� em Ch� das Caldeiras David Gomes Monteiro estima que teráo sido plantados cerca de 25 mil p�s de vinha. De acordo com o dirigente, em Ch� das Caldeiras haver� entre 700 a 900 mil p�s de vinha. Mas, se se inclu�rem as zonas de Monte Largo e Penedo Rachado dever�o hoje existir entre dois milhões e tr�s milhões de videiras. S� um produtor tem cerca de 50 hectares de vinhedos. A Adega de Ch� das Caldeiras iniciou a actividade em 1998, com a ajuda da coopera��o italiana, que disponibilizou apoio t�cnico e financeiro. Desde ent�o, o vinho adquiriu qualidade e o crescimento da procura tem sido uma constante. Anteriormente existira uma outra adega na zona de Boca Fonte, igualmente em Ch� das Caldeiras, que foi destru�da pela erup��o vulc�nica de 1995. A par da sua interven��o na produ��o de vinho, a Associa��o dos Agricultores de Ch� das Caldeiras tem vindo a apostar na criação de reservatérios para �gua, no sentido de aproveitar a que escorre das nascentes e da cordilheira rochosa da Bordeira, com mais intensidade no período das chuvas. Segundo David Gomes Monteiro, pretende-se aumentar a capacidade de �gua para a rega das fruteiras e abastecimento � popula��o, porque a que a que C�mara Municipal transporta em cisternas � cara e não supre as necessidades. "Estamos a pensar que com o tempo conseguiremos suprir as necessidades da popula��o da zona, sem recorrer ao transporte em cisternas", observou. Durante d�cadas era a �gua de Ch� das Caldeiras que abastecia a cidade de S. Filipe e várias popula��es da zona sul da ilha.
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